Festival Literário Internacional do Interior regressa em junho de 2023
Os escritores Eduardo Lourenço, Eugénio de Andrade, Mário Cesariny, Natália Correia e Urbano Tavares Rodrigues vão ser homenageados durante a sexta edição do Festival Literário Internacional do Interior (FLII) -- Palavras de Fogo, em junho de 2023.
© Getty Imagens
Cultura Lousã
Subordinado ao tema "Pensamento, palavras, poesia, língua de fogo na imensa boca", o programa da próxima edição do festival - organizado pela Arte-Via Cooperativa (Lousã) - assinala os centenários do nascimento dos escritores e os 50 anos da Associação Portuguesa de Escritores.
A sexta edição do FLII decorrerá de 15 a 18 de junho, no âmbito de uma parceria da Arte-Via Cooperativa com autarquias, outras instituições públicas, associações e empresas da região, e será também uma homenagem às vítimas dos fogos florestais de 2017, sob o lema "A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo".
Segundo a criadora e coordenadora do FLII, Ana Filomena Amaral, "trata-se de um evento intermunicipal, daí o seu caráter inovador, que decorrerá em dez concelhos da região afetados pelos fogos, com o objetivo de levar os livros e os escritores aos sítios mais inusitados e imprevisíveis".
Os livros irão "ao encontro dos públicos" em fábricas, campos, praias, igrejas, mercados, romarias e locais onde as pessoas trabalham e convivem.
Com o tema transversal "Pensamento, palavras, poesia, língua de fogo na imensa boca dessa angústia", a organização pretende "abordar questões candentes para o devir do mundo, mantendo sempre a emergência ambiental como um dos núcleos privilegiados de discussão".
O FLII junta autarquias ou agentes culturais dos municípios de Arganil, Miranda do Corvo, Lousã, Coimbra, Pedrógão Grande, Ansião, Alvaiázere, Penela, Condeixa-a-Nova e Tábua, nos distritos de Coimbra e de Leiria, sendo as bibliotecas municipais e as redes de bibliotecas escolares consideradas fundamentais para a sua organização.
O conceito subjacente a este festival é, de acordo com Ana Filomena Amaral, "o de uma realização sinérgica, catalisando os recursos dos municípios e outras instituições integrantes do consórcio, rentabilizando e potenciando o melhor que cada um possui, num esforço conjunto para superar as adversidades".
"E, em nome da palavra regeneradora, onde houver pessoas haverá livros. Eles estarão nos sítios mais inesperados, à mão de quem os quiser ler, os escritores portugueses e estrangeiros irão aos locais mais surpreendentes, os livros e as palavras farão novamente renascer a cor por entre o negrume".
A sessão inaugural da sexta edição do festival está marcada para 15 de junho, em Ansião.
A organização espera "envolver todos os agentes de desenvolvimento, de todos os municípios participantes e todos os talentos locais, em todas as atividades a realizar em simultâneo", como ações de formação, concursos, palestras, 'workshops', leituras, feiras do livro, espetáculos, multimédia, performances, instalações e exposições.
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