"Há coisas que, de facto, já mudaram" na relação com o Brasil
Adão e Silva disse ainda que a entrega de outros Prémios Camões já está a ser "tratada".
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Cultura Portugal/Brasil
"Neste quatro dias tive muitos momentos de contacto, ainda hoje de manhã com a minha homóloga brasileira, e há coisas que, de facto, já mudaram", disse esta segunda-feira o Ministro da Cultura, à entrada Palácio Nacional de Queluz, referindo-se à retoma de encontros de Portugal com o Brasil.
Aos jornalistas, Pedro Adão e Silva, referiu ainda a assinatura de um "importante protocolo entre o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) e o seu congénere brasileiro.
Este protocolo vai permitir promover as coproduções cinematográficas entre Portugal e Brasil. Este não estava em vigor há cinco anos.
Adão e Silva disse ainda que a entrega de outros Prémios Camões já está a ser "tratada".
Recorde-se que a cerimónia da entrega do Prémio Camões a Chico Buarque, que decorrerá na tarde desta segunda-feira no Palácio Nacional de Queluz, no concelho de Sintra, está integrada na visita oficial a Portugal do Presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que começou na sexta-feira, dia 21, e decorre até terça-feira, dia 25, e será presidida pelos chefes de Estado do Brasil e de Portugal.
Chico Buarque foi galardoado com o Prémio Camões em 2019, mas a cerimónia de entrega nunca se realizou depois de ter feito várias críticas às políticas culturais do anterior Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que na altura se recusou a assinar o diploma, cuja entrega formal estava prevista para abril de 2020.
O autor de 'Estorvo' e 'Leite Derramado' é um apoiante do Partido dos Trabalhadores (PT), defensor de Luiz Inácio Lula da Silva, que foi novamente eleito em outubro do ano passado.
Entretanto, a pandemia de Covid-19 obrigou ao adiamento da cerimónia de entrega do prémio, que foi agora remarcada, coincidindo com as celebrações do 25 de Abril e com a visita de Estado, de cinco dias, de Lula da Silva a Portugal.
Depois de Chico Buarque, foram distinguidos o professor e ensaísta português Vítor Manuel Aguiar e Silva (2020), a escritora moçambicana Paulina Chiziane (2021) e o escritor brasileiro Silviano Santiago (2022).
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