O projeto, desenvolvido por investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, em colaboração com a companhia de teatro Marionet, intitula-se 'O Algoritmo da Epilepsia'.
"Com este projeto pretendemos explicar às pessoas os ritmos da ciência, desmistificar a inteligência artificial e mostrar o seu papel na sociedade", salientou o coordenador e docente Mauro Pinto, citado num comunicado da instituição.
Segundo o investigador, o objetivo é "melhorar a qualidade de vida dos doentes".
"Estamos muito focados no lado da pessoa, por mais que tenhamos uma visão científica e algorítmica o importante é a pessoa. Queremos dar vida, voz e palco a quem tem a doença", sublinhou.
Para Francisca Moreira, diretora de produção da Marionet, o projeto "pretende despertar a consciência do público para a epilepsia".
"Nós próprios não tínhamos muito conhecimento sobre a doença e acreditamos que talvez muita gente também possa não ter, e ao ver este espetáculo vão ficar com uma ideia", assegurou.
Salientando que o objetivo daquela companhia de teatro é "sempre levantar questões e pôr as pessoas a pensar", a responsável frisou que, neste caso, se trata de "colocar as pessoas a pensar sobre o que é isto da epilepsia, o que são os algoritmos, como funciona e como devia funcionar".
Nos últimos 15 anos, a Marionet tem exibido peças teatrais baseadas na investigação e ciência produzida pela UC, interagindo com investigadores e docentes durante o processo criativo.
"Desta vez, toda a equipa artística teve aulas com o docente do DEI sobre IA, algoritmos e epilepsia. Os artistas tiveram também a oportunidade de conversar com doentes e com a equipa médica da Unidade de Monitorização de Epilepsia e do Sono (UMES) do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC), que integra o projeto".
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