Morreu, esta terça-feira, aos 90 anos, a atriz brasileira Léa Garcia, que entrou em famosas produções como 'Escrava Isaura' ou 'O Clone'.
A confirmação da morte foi dada através do perfil oficial da artista no Instagram e, em declarações ao site G1, o filho e empresário da atriz, Marcelo Garcia, explicou que a mãe morreu na sequência de um enfarte. A artista ainda foi encaminhada para um hospital, mas não resistiu.
Léa Garcia somava participações em mais de 100 produções, desde o cinema, ao teatro e à televisão, sendo que os seus papéis mais marcantes foram em 'Selva de Pedra', 'Escrava Isaura', 'Xica da Silva' e 'O Clone'.
A atriz venceu ainda quatro prémios 'Kikito', que é o prémio máximo concedido no Festival de Gramado, um dos mais importantes e reconhecidos prémios do cinema brasileiro, com 'Filhas do Vento', 'Hoje tem Ragu' e 'Acalanto'.
Precisamente no dia da sua morte, a Léa Garcia iria ser homenageada com o Troféu Oscarito no Festival de Cinema de Gramado, que já anunciou possíveis alterações na programação.
"Aos 90 anos, a veterana detinha um currículo com mais de cem produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prémio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme 'Orfeu Negro' que, em 1960, ganharia o Óscar de melhor filme estrangeiro, representando a França", lê-se numa nota do festival.
A atriz "foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens tradicionalmente destinados a atrizes negras". "Tornou-se, assim, uma referência para jovens atores e admirada pela qualidade das suas atuações", frisa a mesma nota.
Léa Garcia continuava no ativo e ainda esta segunda-feira tinha confirmado negociações com a TV Globo para atuar no remake da novela 'Renascer'.
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