Três projetos portugueses na 'shortlist' do prémio Mies van der Rohe

O prémio de arquitetura Mies van der Rohe conta com três projetos portugueses entre os 40 selecionados dos quais sairá a lista de finalistas a anunciar em fevereiro, anunciou hoje a organização do mais importante galardão europeu do setor.

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Lusa
17/01/2024 23:54 ‧ 17/01/2024 por Lusa

Cultura

Arquitetura

O Caminho das Escadinhas, em Matosinhos, de Paulo Moreira, o Edifício General Silveira, no Porto, de Tiago Antero e Vítor Fernandes, e o Posto de Turismo de Piódão, em Arganil, distrito de Coimbra, por João Branco e Paula del Río, são os três projetos selecionados para a lista de onde sairão os finalistas do prémio atribuído pela Comissão Europeia e a Fundação Mies van der Rohe.

As 40 obras de arquitetura agora escolhidas estão distribuídas por 38 cidades europeias em 33 regiões e 20 países, segundo a organização.

A Área Metropolitana do Porto, a par das regiões de Berlim, Bruxelas, Viena, assim como da Catalunha, Croácia Panónica e Flandres, têm o número mais alto de candidatos a finalistas, com dois cada. Os outros 26 estão espalhados por diferentes zonas da Europa.

Por país, Espanha lidera, com seis projetos, seguindo-se Alemanha e Bélgica, ambos com quatro, depois Portugal, França e Croácia, cada um com três, Áustria, Eslovénia e Suécia com dois, concentrando-se assim, em nove países, quase 75% dos selecionados.

Os restantes 11 são da Chéquia, Eslováquia, Estónia, Geórgia, Grécia, Irlanda, Itália, Noruega, Países Baixos, Polónia e Roménia.

As 40 obras selecionadas, segundo a organização, "contribuem para criar ambientes de elevada qualidade de vida", abrangendo sobretudo projetos de "habitação coletiva, edifícios culturais e de ensino", que representam metade dos candidatos.

Os outros repartem-se por áreas de alimentação e alojamento, governo e cidadania, saúde, indústria, infraestruturas, paisagem, habitação unifamiliar, desporto e lazer, planeamento efémero e urbano.

A seleção destes 40 projetos foi feita por um júri composto por Frédéric Druot, que preside, Martin Braathen, Pippo Ciorra, Tinatin Gurgenidze, Adriana Krnácová, Sala Makumbundu e Hrvoje Njiric.

Nesta edição, os prémios Mies van der Rohe 2024 visam "os melhores projetos" completados entre abril de 2021 e maio de 2023, procurando "refletir sobre os desafios atualmente enfrentados por cidadãos, arquitetos, clientes, empreiteiros, decisores políticos e outros profissionais, no contexto do Pacto Ecológico Europeu".

Portugal partiu para esta fase do concurso, em outubro, como o sexto país com mais nomeações, ao somar 14 projetos, a par da Grécia, depois de Espanha, França, Alemanha, Bélgica e Áustria.

Entre os projetos que não passaram à nova fase estão o novo edifício da Escola Superior Artística do Porto, o Terminal Intermodal de Campanhã, a renovação do Cinema Batalha, a recuperação do Mercado do Bolhão, o Hotel Vincci Ponte de Ferro, em Vila Nova de Gaia, todos na Área Metropolitana do Porto, o Praia do Canal Nature Resort, em Aljezur, uma casa em Grândola, outra no Barreiro, o "Apartamento Monochrome", em Aveiro e, em Lisboa, as Casas no Andaluz e outra em Santa Isabel, completavam a lista inicial de projetos portugueses nomeados.

O Prémio Mies van der Rohe toma o nome do arquiteto de origem alemã que dirigiu a Bauhaus no início da década de 1930. Após a subida das forças nazis de Hiltler ao poder, em 1933, refugiou-se nos Estados Unidos, onde obteve a nacionalidade norte-americana, estando na origem da chamada Segunda Escola de Chicago e do atual Instituto de Tecnologia do Illinois (IIT).

Os finalistas do prémio serão anunciados em fevereiro, os vencedores serão conhecidos em abril, e a entrega realizar-se-á durante um programa a decorrer nos dias 13 e 14 de maio, na Fundação Mies van der Rohe, em Barcelona.

Leia Também: Candidaturas a Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina abertas até março

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