Graça Carmona e Costa. Funeral acontece 6.ª-feira na Basílica da Estrela

O funeral da colecionadora de arte Maria da Graça Carmona e Costa, que morreu segunda-feira, aos 91 anos, realiza-se na sexta-feira, na Basílica da Estrela, em Lisboa, indicou à agência Lusa fonte da fundação da mecenas.

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Lusa
23/01/2024 13:47 ‧ 23/01/2024 por Lusa

Cultura

Óbito

O velório do corpo da galerista, uma das maiores mecenas privadas do país, terá início às 19h00 de quinta-feira, nas capelas exequiais da Basílica da Estrela, e será realizada uma missa pelas 20h30.

Na sexta-feira, está prevista também uma missa de corpo presente, às 10h00, com saída do funeral às 11h00 para o Cemitério do Alto de São João, também em Lisboa.

Nascida em Lisboa, a 28 de julho de 1932, Maria da Graça Carmona e Costa apaixonou-se pelas artes plástica, frequentando, na década de 1970, o primeiro curso de formação de Iniciação à Arte Moderna promovido pela Sociedade Nacional de Belas Artes.

Fundadora da Fundação Carmona e Costa com o marido, Vítor Carmona e Costa, em 1997, consolidou um percurso de mais de meio século de promoção da arte contemporânea portuguesa, com uma atividade filantrópica permanente, e a construção de uma coleção própria com um dos maiores acervos do país.

No final dos anos 1980, fundou o gabinete Giefarte, espaço onde divulgou a obra de artistas e criadores como Ana Vieira, António Palolo, Cristina Ataíde, Helena Almeida, Hugo Canoilas, Ilda David, Jorge Martins, João Vieira, Nikias Skapinakis, Pedro Portugal, Pedro Proença, entre outros.

O acervo de arte da Giefarte integra muitos trabalhos e criações de autores cujo percurso acompanhou, como Álvaro Lapa, Ana Jotta, António Júlio Duarte, Daniel Blaufuks, João Penalva, Jorge Molder, Jorge Queiroz, José Luís Neto ou Pedro Cabrita Reis, representados na sua coleção.

Em 2018, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural, reconhecendo o seu "inestimável trabalho de uma vida dedicada ao fomento das artes visuais, da promoção e divulgação contínua dos artistas contemporâneos", ao longo de décadas, sublinhou, na altura, a tutela da cultura.

Na segunda-feira, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lamentou o desaparecimento da galerista, considerando-a uma "personalidade incomparável da arte no país", e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa recordou o empenho no mundo das artes, em "exposições, edições ou bolsas".

Também a Fundação EDP considerou a morte da galerista e mecenas Maria da Graça Carmona e Costa "uma grande perda para a arte portuguesa", recordando a ação decisiva que desenvolveu ao longo de décadas.

"A sua ação como colecionadora, galerista, mecenas e presidente da sua Fundação [Carmona e Costa] foi decisiva para artistas, curadores, produtores, designers e instituições", escreveu a Fundação EDP, detentora do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), num comunicado de reação à morte de Maria da Graça Carmona e Costa.

O MAAT inaugurou em outubro de 2023 a exposição "Álbum de Família -- Obras da Coleção Fundação Carmona e Costa", pela primeira vez apresentada ao público, "de modo sistemático", com curadoria de João Pinharanda, organizada em três momentosh a primeira parte ficará patente até 01 de abril e na Fundação Carmona e Costa são apresentadas duas exposições sucessivas, a segunda, inaugurada em outubro de 2023 que fica patente até ao final de janeiro, e a terceira entre janeiro a março deste ano.

Leia Também: Graça Carmona e Costa. Governo destaca "personalidade incomparável"

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