Durante a conferência de imprensa de apresentação da temporada de fevereiro a julho, Henrique Amoedo afirmou que um teatro como o Viriato "tem de ter responsabilidades e criar objetivos e desafios próprios".
Neste âmbito, a direção artística colocou este "desafio interno, que pode não ser muito ambicioso, mas é importante", para cumprir no ano em que a estrutura cultural assinala 25 anos de programação ininterrupta.
"Se conseguirmos fazer isso este ano é muito bom, quer dizer que vamos ter 2.100 pessoas a mais entre o nosso público", considerou Henrique Amoedo, que ocupa o cargo de diretor artístico desde maio de 2022.
No seu entender, "sempre há a necessidade de chegar a outras pessoas", porque em Portugal, "infelizmente, as artes e a cultura não são vistas como atividades do quotidiano para a maioria das pessoas".
O objetivo é, através de uma programação inclusiva e eclética, que "tenta falar com diferentes públicos, de diferentes formas", atingir "novos públicos, outras pessoas que, infelizmente, ainda não veem este teatro como a sua casa", realçou.
Segundo o responsável, "o primeiro público trabalhado pelo Teatro Viriato hoje tem os seus filhos" e leva-os às atividades para crianças.
"Essa roda nunca pode parar. Temos de ir abastecendo, sempre formando novos públicos e trazendo outras pessoas", acrescentou.
Reaberto desde 29 de janeiro de 1999, o Teatro Viriato é uma estrutura cultural de programação e produção de artes performativas gerida pelo Centro de Artes do Espetáculo de Viseu.
Como estrutura, é considerada um modelo de descentralização cultural das artes do espetáculo em Portugal, incluindo a sua programação regular de espetáculos de dança, música, teatro, circo contemporâneo, formações e residências artísticas, entre outras atividades.
Desenvolve também uma política de apoio aos artistas nacionais, através da coprodução e das residências, preocupando-se com a fixação de artistas profissionais na cidade de Viseu.
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