"O meu 'Dia' é uma canção feliz. Sou apaixonada pelos dias ensolarados"

Maria João é concorrente do Festival da Canção de 2024 e sobe ao palco já no próximo sábado, dia 2 de março.

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© Maria João

Natacha Nunes Costa
29/02/2024 09:00 ‧ 29/02/2024 por Natacha Nunes Costa

Cultura

Maria João

A 58.ª edição do Festival da Canção já começou e no próximo sábado, dia 2 de março, decorre a segunda semifinal. No total, são 20 os concorrentes a querer representar Portugal na Eurovisão, em Malmö, na Suécia.

O Notícias ao Minuto falou com os artistas em competição, entre os quais está Maria João.

Recorda a RTP que a carreira de Maria João tem sido "pautada pela participação nos mais conceituados festivais de música do mundo".

Um percurso iniciado na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e que, em poucos anos, extrapolou fronteiras, fazendo de Maria João "uma das cantoras portuguesas mais aclamadas no estrangeiro".

O reconhecimento oficial da divulgação da cultura portuguesa pelo mundo valeu-lhe a comenda da ordem do Infante D. Henrique, em 2006, pelas mãos do antigo Presidente da República Jorge Sampaio.

Hoje em dia, Maria João tem com João Farinha o projeto de jazz/elétrica OGRE electric e, em fevereiro de 2023, inaugurou também com João Farinha 'Songs for Shakespeare', uma espécie de "trip poética", segundo a RTP, de oito canções originais. 

Porque é que quis participar no Festival da Canção? 

Eu fui convidada para participar no Festival e como sempre a música é irresistível para mim. Disseram-me: 'Tens um lugar onde podes compor uma música e podes cantá-la. A música coisa que tens de fazer é não ultrapassar os três minutos'. E eu pensei: 'Ena Pá, que desafio não ultrapassar os três minutos'. Nós sempre nos estendemos tanto nas nossas músicas por causa da improvisação, de modo que foi um problema conseguir resistir.

Já era fã do Festival da Canção? E da Eurovisão? 

Sim, eu sempre que posso vejo o Festival da Canção. A Eurovisão às vezes não consigo ver ou porque estou a trabalhar ou por qualquer outra coisa, mas sim, gosto de ver.

Qual é para si a melhor música de sempre do Festival da Canção? 

Não tenho melhor música. Isso da melhor e da pior é muito difícil de julgar, para mim. Não existe uma coisa melhor do que a outra na música, apenas perspetivas diferentes, então não consigo eleger a melhor música do festival.

Que mensagem transmite a música 'Dia'?

O meu 'Dia' transmite uma mensagem alegre, do dia a nascer, a passagem da noite escura com nuvens e dúvidas e de repente nasce, aparecem pequenos vislumbres de raios de luz e vem o dia e com isto traz a esperança de que as coisas melhorem, se há algum problema, claro. Eu gosto muito do dia, dos dias. Sou uma apaixonada pelos dias ensolarados. É uma canção feliz, com muita alegria.

Consegue levantar um pouco o véu de como será a atuação?

Não, não. Não vou levantar nenhum. Não senhor. Acho que precisamos manter sempre o mistério nos concertos, nas participações porque cada vez há menos. Tudo é muito explicado. Acho que isso faz perder o mistério, perder a surpresa e é preciso que consigamos manter essa surpresa quando vamos ver um concerto, por exemplo. Não preciso que me expliquem tudo, não quero saber o que vão tocar, quero ser surpreendida. Então eu espero surpreender também no dia 2 de março.

Como estão a correr os ensaios? Com que frequência ensaia?

Os meus ensaios sou eu a cantarolar em casa, todos os dias, freneticamente, com playback, sem playback, a cantarolar. Esses são os meus ensaios, que eu acho que são os melhores.

De que forma olha para as restantes canções e intérpretes desta edição do Festival?

Eu optei por não escutar verdadeiramente as músicas dos outros participantes, porque gosto de manter a surpresa, que as pessoas me surpreendam. Uma coisa são as canções gravadas, a outra são os músicos, os cantores a cantá-la naquela altura e essa surpresa é muito preciosa. Eu olho para os meus colegas como colegas de uma aventura que é a música. Sinto muita solidariedade em relação a eles e muito afeto também.

Quais são as suas expetativas face à participação no Festival da Canção? O que seria um bom resultado?

Um bom resultado para mim é conseguir cantar bem a música, passar bem a alegria e a felicidade que esta música traz. Que não me aconteça nenhum percalço e que as pessoas gostem da música, se sintam felizes a escutá-la. Esse é um bom resultado para mim.

Depois da participação no Festival da Canção, o que se segue?

Depois do Festival da Canção tenho concertos, um disco novo para gravar, dois discos do ano passado que estou a promover. E tenho um disco que gravei com o pianista André Mehmari, que se chama 'Algodão' e que sai agora em maio. Nesse mês vou para Moçambique, onde vou gravar o meu disco, que sairá no final do ano ou no princípio do ano que vem. Hei de ir ao Brasil também, onde tenho uma digressão. Tenho outra tournée europeia com André Mehmari para promover o nosso disco. E é isto, depois do Festival da Canção eu continuo a minha vida, a cantar por aí, a fazer música e a ser muito feliz a fazê-la.

Que portas é que acha que o Festival da Canção pode abrir para o seu futuro?

Espero que a ida ao Festival mostre a música e a Maria João a outras pessoas, a pessoas que, normalmente, não ouviriam ou não conhecem. Tenho a expetativa de que mais pessoas fiquem a conhecer a Maria João e a sua música aventureira.

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