Meteorologia

  • 18 OCTOBER 2024
Tempo
22º
MIN 16º MÁX 22º

'Prometeu/Artaud' em cena em Almada nos dias 2 e 3 de novembro

O espetáculo "Prometeu/Artaud", um díptico a partir do clássico de Ésquilo e a vanguarda de Antonin Artaud, vai estar em cena nos dias 02 e 03 de novembro, em Almada.

'Prometeu/Artaud' em cena em Almada nos dias 2 e 3 de novembro
Notícias ao Minuto

17/10/24 22:42 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Cultura Espetáculo

'Prometeu/Artaud' conjuga assim mais de 2000 anos de reflexão sobre o poder e a urgência de refletir sobre o seu impacto.

 

"O projeto 'Prometeu/Artaud' consiste num díptico que aborda a urgência de refletir sobre a macro-ideia da força que o Poder exerce sobre o Outro, sobre o corpo do outro, como forma de o subjugar e dominar dentro daquilo que é considerado a norma", escreve Álvaro Correia, encenador da peça que vai estar na sala experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite.

Ao escolher a tragédia "Prometeu agrilhoado", de Ésquilo, começou "pelo início e pelo símbolo daquele que é considerado o herói trágico transgressor que o tempo, ao longo dos séculos, referencia como a figura do rebelde, do revolucionário, do que transgride e se sacrifica" pela causa da "defesa dos seres humanos", observa o encenador.

"Na nossa sociedade de matriz judaico-cristã, existe uma relação forte da imagem do artista como uma espécie de Prometeu, um homem titânico", já que o ser humano é prometeico, "porque sendo criado à imagem de Deus é também um criador", acrescenta.

E foi nesta tensão que o segundo texto escolhido para o díptico foi 'Momo', de Antonin Artaud.

Professor do Departamento de Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema, onde, desde 2000, leciona a disciplina de Interpretação, Álvaro Correia pertenceu à Comuna - Teatro de Pesquisa, entre 1989 e 2015.

Como ator, já participou em projetos encenados por João Mota, Miguel Loureiro, Mónica Calle, Jorge Andrade e Ricardo Neves-Neves.

"Prometeu/Artaud" terá duas récitas, no dia 2 de novembro, às 21h00, e, no dia 3, às 16h00.

Com música original de Vitória, a interpretar estão Adriana Aboim, Álvaro Correia, Bruno Soares Nogueira, Carla Bolito, David Esteves e Júlia Valente.

O espaço cénico é de André Guedes e Carlos Bártolo, a música original e o espaço sonoro são de Vitória, o desenho de luz de Manuel Abrantes e a produção executiva de Nuno Pratas.

A peça é uma produção da Culturproject e estreou-se em 23 de julho passado no Centro de Artes de Lisboa (CAL).

Leia Também: Festival de teatro cabo-verdiano faz 30 anos e vai ao encontro do público

Recomendados para si

;
Campo obrigatório