Caldas da Rainha. Companhia de teatro faz 40 anos com comédia de Molière

O Teatro da Rainha inicia as comemorações dos seus 40 anos com a apresentação a peça "Jorge Patego ou o marido humilhado", de Molière, nos próximos dias 10 e 11 no Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha.

Notícia

© Getty Images

Lusa
02/01/2025 16:35 ‧ há 2 dias por Lusa

Cultura

Caldas da Rainha

"Não podia haver melhor proposta para iniciar a temporada dos 40 anos do Teatro da Rainha do que esta comédia de Molière, peça com a qual Fernando Mora Ramos inaugurou o seu percurso na encenação em 1979", refere a companhia em nota de imprensa.

 

Depois de cinco noites esgotadas, em julho de 2024, no Largo Rainha Dona Leonor, a peça regressa agora ao Grande Auditório do CCC de Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

Além das duas datas, às 21h30 para o público em geral, estão ainda previstas três apresentações para escolas mediante marcação prévia, nos dias 13, 14 e 15, às 15h00.

Com encenação de Fernando Mora Ramos, tradução e dramaturgia de Isabel Lopes, a peça conta com cenografia construída por Joel Pereira a partir do cenário desenhado por José Serrão para 'Mandrágora', de Niccolò Machiavelli, luz de Hâmbar de Sousa e desenho de som de Francisco Leal.

A comédia é interpretada por Fábio Costa (Jorge Patego), Mafalda Taveira (Angélica), José Carlos Faria (Senhor Vilar de Tolos), Isabel Lopes (Senhora de Vilar de Tolos), Hâmbar de Sousa (Clitandro), Beatriz Antunes (Claudina), Nuno Miguens Machado (Manhoso) e Tiago Moreira (Perdigoto).

Editado em livro numa parceria da companhia com a editora Companhia das Ilhas, 'Jorge Patego ou o marido humilhado', de Molière, com tradução de Isabel Lopes, vai estar disponível para aquisição no local do espetáculo,

Exibida pela primeira vez no Palácio de Versalhes em 1668, 'Jorge Patego ou o marido humilhado' é uma comédia que incorpora a dimensão trágica de personagens vítimas de traição, de ambições, de intriga palaciana, da hipocrisia que representam, da condição social e singular.

"O mais complexo são o próprio Patego e Angélica, ele sofrendo um tipo de cisão interior, experimentando uma "dor" desconhecida num tipo que pensa que o dinheiro compra tudo, e ela "sonhando" com uma vida que Patego nunca lhe dará e a que os pais a obrigam", destacou o encenador, citado na nota de imprensa.

Jorge Patego, camponês novo-rico, desposa uma fidalga com a intenção de ascender em termos sociais.

Filha de uma nobreza rural em decadência, Angélica, a jovem mulher de Patego, não se conforma com o destino que os pais lhe arranjaram e é moeda de troca num negócio de que tanto ela como o marido saíram a perder.

Enamorada de um visconde com posição na corte, sonha com cortesias que a gente da província desconhece, enquanto Patego tudo faz para provar a infidelidade de Angélica, que com habilidade e astúcia escapa às goradas tentativas de prova.

Patego vê-se assim obrigado a aceitar o seu destino de marido-corno, vítima da pretensão de ascensão social que lhe trouxe mais infortúnios do que alegrias.

Leia Também: Constantino guardador ressurge no teatro com sonhos da contemporaneidade

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas