"A minha síndrome de impostor está a disparar neste momento, bem como os meus níveis de cortisol", gracejou Sean Baker ao aceitar a estatueta, entregue numa cerimónia que decorreu no sábado à noite no Beverly Hilton Hotel.
"É uma grande honra ser reconhecido pelos meus pares", afirmou o realizador, que bateu Brady Corbet, vencedor do Globo de Ouro por 'O Brutalista', Jacques Audiard, do controverso 'Emilia Pérez', Edward Berger por 'Conclave' e James Mangold por 'A Complete Unknown'.
O prémio 'Outstanding Directorial Achievement in Theatrical Feature Film', na designação em inglês, é habitualmente um bom indicador de quem tem mais hipóteses de vencer o Óscar de Melhor Realizador.
"Eles conseguiram fazer um filme de seis milhões de dólares filmado em rolo em Nova Iorque em 2023, quase uma impossibilidade", disse Sean Baker ao elogiar a sua equipa, elenco e produtores Samantha Quan e Alex Coco.
'Anora' é um filme independente protagonizado por Mikey Madison, que interpreta Ani, uma jovem mulher que dança num clube de strip e acaba por casar com um cliente mais novo.
O filme está nomeado para seis Óscares, incluindo Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Atriz, Melhor Ator Secundário (Yura Borisov) e Melhor Argumento Original.
Com a vitória em duas noites consecutivas, primeiro Melhor Filme nos Critics Choice Awards e esta madrugada Melhor Realização nos DGA Awards, 'Anora' ganha balanço na fase final de votação dos membros da Academia, que termina a 17 de fevereiro.
Este é um ano imprevisível, sem que nenhum filme se tenha ainda distanciado o suficiente dos outros para ser considerado favorito, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos.
Numa noite apresentada por Judd Apatow, também o realizador de 'Nickel Boys', RaMell Ross, foi consagrado com a estatueta de Melhor Realização na Primeira Longa-Metragem.
Em documentário, foi a dupla Brendan Bellomo e Slava Leontuev que ganhou por 'Porcelain War', um retrato da resiliência pela arte no meio do caos após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Nas categorias de televisão, 'Shogun' deu a Frederick E.O. Toye melhor realização de série dramática, 'Hacks' consagrou Lucia Aniello na comédia e 'Ripley' tornou Steven Zaillian vencedor em minissérie.
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