Apesar de, confessa, sentir sempre "uma certa injustiça" por haver artistas que ficam de fora da corrida aos prémios, iolanda não deixa, também, de se sentir "feliz" pelo reconhecimento do seu trabalho, e de toda a sua equipa.
A cantora - que no ano passado representou Portugal na Eurovisão com o tema 'Grito' - está nomeada na categoria de Artista Revelação aos PLAY – Prémios da Música Portuguesa, junto de Bandidos do Cante, Bluay e Buba Espinho.
Em conversa com o Notícias ao Minuto, além de ter comentado a 'relevância' de prémios como este, e da inclusão dos mais variados estilos musicais portugueses, a cantora falou ainda sobre a importância da música na vida das pessoas.
Os nomeados aos prémios Prémios PLAY - criados em 2019 - foram anunciados na quinta-feira, 27 de fevereiro, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. A gala de entrega dos troféus vai decorrer no dia 3 de abril, no Coliseu de Lisboa, numa cerimónia apresentada por Filomena Cautela e Inês Lopes Gonçalves, que será transmitida em direto na RTP1, RTP África, RTP Internacional, RTP Play e Antena 1.
O que é para si este tipo de reconhecimento?
A importância principal é o reconhecimento do trabalho de toda a equipa que faz parte. Sinto sempre que às vezes há uma certa injustiça nesta coisa dos prémios, porque estou nomeada como Artista Revelação mas há tantos outros artistas que fizeram um percurso inacreditável no mesmo ano que eu. É sempre ligeiramente injusto. Ao mesmo tempo, estou muito feliz porque é o reconhecimento da minha equipa, é o reconhecimento do trabalho de toda a gente, e do meu, inclusive. Portanto, estou muito feliz e muito grata.
O facto de no ano passado ter representado Portugal na Eurovisão acabou também por abrir portas?
Talvez, acho que sim. Foi, sem dúvida, um marco na minha carreira, para mim, pessoal, e também diria que, obviamente, para o país, porque levei o país à Suécia. Mas se não fosse eu ia ser outra pessoa. Claro que tem impacto, agora só estou desejosa para saber o que vai acontecer no futuro, que é isso que me interessa. Fazer mais canções, focar na música, focar nos discos, que é para isso que trabalho.
No ano passado foi incluída a categoria de Melhor Canção Ligeira e Popular, e que se manteve este ano. Como vê esta 'inclusão'/reconhecimento dos mais variados estilos musicais?
Cada estilo tem o seu papel e a sua importância dentro do panorama musical. Desde a música ligeira, à música clássica, ao pop, ao R&B, ao urbano... É, sem dúvida, importante termos estes estilos reconhecidos de igual forma. Ou seja, cada estilo tem um lugar e tem um papel. É importante dar esse espaço. Porque nós tanto gostamos de ir ao teatro como gostamos de ir a uma festa de São João ouvir música, dançar e bailar.
Qual a importância da música na vida das pessoas?
Para mim, vem a seguir às necessidades básicas. Há comida, há um teto e depois, sem dúvida, música. Vivo música, faço música e é isso que quero fazer. Claro que acredito que para um carpinteiro se calhar não seja a seguinte [necessidade básica], mas para mim é super importante. Porque é o que faço, é o meu trabalho, a minha profissão, foi aquilo que escolhi fazer.
E de que forma é que a música pode ajudar as pessoas?
A criar ligações, a trabalhar pela paz no mundo, que é super importante e cada vez mais está mais ameaçada, para as pessoas se rirem, sorrirem, chorarem, sentirem... Acho que estamos ligeiramente a começar a entrar numa fase da vida e da conjuntura social meio afastada das emoções. É cada vez mais importante nos lembrarmos outra vez que as emoções são importantes e têm um papel fundamental no ser humano.
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