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Ana Seara estreia na Casa da Música 'Mar de Sophia'

A jovem compositora em residência 2014 da Casa da Música, Ana Seara, vai estrear, no sábado, a obra "Mar de Sophia", partindo do poema "Fundo do mar" e que a autora considera que pode representar "todos os portugueses".

Ana Seara estreia na Casa da Música 'Mar de Sophia'
Notícias ao Minuto

08:08 - 14/11/14 por Lusa

Cultura Compositores

"Se calhar o 'Mar de Sophia' somos todos nós, todos os portugueses", refletiu a compositora, em conversa com a Lusa, reconhecendo que a sua paixão pela leitura nasceu depois de ter lido "A Menina do Mar", de Sophia de Mello Breyner.

Ana Seara recordou que a estreia da peça dá-se no mês em que Sophia faria anos, no ano de 2014, ou seja, 10 anos depois da sua morte, mas também se dá o caso de ser no Porto, cidade da escritora, e numa Casa da Música "em que se pode ver o mar".

A compositora disse que a única referência que lhe foi dada pela direção artística da Casa da Música foi a de que 2014 seria o Ano do Oriente na instituição, pelo que poderia ou não ligar-se ao tema.

"Não sabia ao certo, na altura em que me foi falado, quais as obras que ia partilhar no concerto, mas quando me falaram em Ano do Oriente e em ter compositores orientais também a fazer estreias de obras percebi qual era o ambiente que ia existir e que eu ia estar a partilhar, mas tentei sempre manter as minhas próprias referências", afirmou Ana Seara.

Assim, a partir do poema "Fundo do mar" ("No fundo do mar há brancos pavores,/Onde as plantas são animais/E os animais são flores"), a compositora continuou para a criação da obra.

"A estrutura do poema pareceu-me claríssima para estrutura de uma obra e apesar de não ser uma obra descritiva do poema, consigo fazer alguns 'highlights' [sublinhados] do poema e colocá-los nas várias secções da peça e depois foi uma procura tímbrica", declarou a jovem compositora.

Também no sábado, vai haver a estreia nacional da peça "Fluss, para quarteto de cordas e orquestra", de Toshio Hosokawa, e interpretações de "Zero Points", de Peter Eötvös, e "O canto do rouxinol", de Stravinski, pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.

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