Alvim influenciou "a génese da obra de grandes nomes da música"
O músico Fernando Alvim, falecido hoje, aos 80 anos, "influenciou decisivamente a génese da obra de grandes nomes da música", afirma o secretário de Estado da Cultura (SEC), Jorge Barreto Xavier, numa nota de condolências.
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Cultura Barreto Xavier
"Reconhecido como um dos mestres da viola e um dos mais notáveis músicos da sua geração, Fernando Alvim influenciou decisivamente a génese da obra de grandes nomes da música portuguesa, com quem partilhou o palco e o estúdio, como Carlos Paredes, Amália Rodrigues ou António Chainho, assumindo um lugar de destaque na história da música portuguesa", lê-se na nota hoje divulgada.
O secretário de Estado afirma que, "para os seus concertos, em Portugal ou no mundo, com a sua viola, Fernando Alvim levava expressões da alma e cultura portuguesas".
"Com a sua presença, exigente e de elevação pela música e pelas artes, influenciou gerações de artistas e contribuiu de forma significativa para a história da música portuguesa da segunda metade do século XXI", remata Barreto Xavier.
O corpo do músico está a ser velado na Basílica da Estrela, em Lisboa, que "excecionalmente ficará aberta até às 03:00 da madrugada de sábado", disse à Lusa fonte próxima da família.
No sábado, às 10:00, é celebrada missa de corpo presente, na basílica, realizando-se em seguida o funeral para Seiça, no concelho de Vila Nova de Ourém, de onde o músico era originário.
Fernando Alvim acompanhou Carlos Paredes, durante 25 anos, e, mais tarde, António Chainho, assim como José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, entre outros músicos.
Em 2011, editou o duplo CD "Os fados e as canções do Alvim", constituído exclusivamente por composições de sua autoria, interpretadas entre outros, por Raquel Tavares, Ricardo Ribeiro, Fafá de Belém, Cristina Branco, Vitorino, Ana Moura e Camané.
Em 2012, recebeu a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores e o Prémio Amália Rodrigues para o Melhor Álbum "dentro do fado".
Em 2013 estreou, no Museu do Fado, em Lisboa, um documentário sobre a sua carreira, "Azul Alvim", da autoria de Margarida Mercês de Mello. O título do documentário é inspirado num dos temas do duplo CD, um poema de Tiago Torres da Silva, interpretado por Carlos do Carmo.
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