"Os artistas têm egos do tamanho do mundo"
O secretário de Estado Jorge Barreto Xavier deu uma entrevista à revista Tabu, do semanário SOL.
© Global Imagens
Cultura Barreto Xavier
Depois da passagem da troika pela país, Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura, falou à revista Tabu, do semanário SOL, sobre a experiência em assumir a pasta onde os cortes condicionaram, e muito, todo o programa cultural português.
Quando questionado sobre se era preciso um financiamento igual a o de um país como a Noruega, Barreto Xavier explica que a área que lidera tem bastantes especificidades: “Os artistas, curadores e responsáveis pelas instituições, às vezes, têm egos do tamanho do mundo”, diz.
“Mas isto é quase co-natural à atividade cultural, centrada no indivíduo que a cria ou produz para ser consistente. A pessoa ou instituição somatiza muito a sua centralidade como forma de afirmação do seu projeto”, acrescenta.
Sobre a criação de um Ministério da Cultura, o secretário de Estado garante que a única ideia foi a criação de uma “organização de Governo mais pequeno”, e aproveita para lançar críticas à oposição por esta defender mais financiamento para o setor. “Creio que há alguma obsessão por parte do PS, e diria, quase uma glorificação, que parece patética”, contesta.
Ainda sobre o financiamento e a possibilidade de este aumentar, Barreto Xavier é pragmático: “Ter mais dinheiro para trabalhar nesta área é algo que me parece muito bem. Agora também sou realista, não sou utópico. Portugal nunca teve 1% [de financiamento] para a Cultura”.
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