Manuel de Oliveira apresenta 'Iberia Live' em Lisboa, Guimarães e Porto
O guitarrista Manuel de Oliveira apresenta no final o mês, em três palcos nacionais, 'Iberia Live', que definiu à Lusa, como um espetáculo que reflete "a grande diversidade cultural e musical que é a Península Ibérica".
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Cultura Guitarrista
No dia 28 atua no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no dia seguinte no Centro de Artes e Espetáculos de S. Mamede, em Guimarães e, finalmente, no dia 30, na Casa da Música, no Porto.
Nos três palcos o músico português é acompanhado por Carles Benavent (baixo) e Jorge Pardo (flauta e saxofone), ex-músicos do sexteto de Paco de Lucía, que funcionam como um "núcleo central" e ainda João Frade (acordeão), Paulo Barros (piano) e Marito Marques (bateria). Os convidados especiais são os cantores Paulo de Carvalho, Bego Salazar e um grupo de cante alentejano.
"A música que faço e que tocamos expressa essa grande Ibéria em toda a sua diversidade cultural e musical, e cada um de nós, reflete uma dessas facetas", disse.
"Cada músico é diferente à sua maneira e ao mesmo tempo reconhecíveis entre si, temos um Carles Benavent, que é mais mediterrânico, um Jorge Pardo que é mais flamenco/jazz, eu reflito um pouco a música celta com o flamenco e o lado melancólico do fado, o João Frade, que é um dos melhores acordeonistas do mundo, que traz o corridinho do Algarve, que mistura um pouco com a música sertaneja do Brasil".
Quanto aos convidados especiais Manuel de Oliveira disse que Paulo de Carvalho "vai do fado a África e ao jazz", Bego Salazar que "é uma cantora revelação numa área de muita fusão no flamenco", e o cante alentejano que é uma novidade, mas que encaixa muito bem". O grupo de cante é formado "ad-hoc" por vários cantadores.
"A diversidade é a nossa postura na música, e procuramos em cada uma das nossas composições ter e dar o espaço para que cada um dos músicos transporte o que tocamos para o mundo dele", realçou.
A Ibéria "é uma matriz, que é um mapa musical da península, e de tantas culturas que se misturam, com alguma influência do jazz, inevitavelmente", declarou Oliveira.
O músico, enquanto compositor, afirmou que não acredita na musa inspiradora, e que compõe em qualquer lado, "até em aeroportos", e definiu-se como "um existencialista", porque a sua música é a história da sua vida emocional.
"Todas as minhas músicas contam uma história. A música tem sido para mim um catalisador na forma como transformo e tento entender a minha vida", afirmou Manuel de Oliveira.
Além dos temas do alinhamento do CD, nos concertos irá apresentar novos temas, entre eles, "A moda das mulatinhas", que é do património do cante alentejano.
Nos três palcos o guitarrista promete ir acontecer "a magia da coisa", pois nenhum dos concertos será igual, "pois há a importância do momento, e com músicos deste quilate, permite ainda maior liberdade" de improvisar e "soar sempre diferente"
Apontado como "virtuoso", Manuel de Oliveira já tocou e partilhou o palco com artistas como Dulce Pontes e Chick Corea, entre outros, em 2015 foi convidado especial do Festival de Flamenco, no Centro Cultural de Belém, que homenageou Paco de Lucia.
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