Ministro da Cultura assina acordo para preservar património
O ministro da Cultura e a União das Misericórdias de Lisboa (UMP) celebraram hoje um protocolo para a salvaguarda, valorização, estudo e divulgação do património histórico das cerca de 400 instituições espalhadas pelo país.
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Cultura Misericórdia
O acordo é válido por dois anos e será "uma ferramenta fundamental para reforçar a relação existente entre os dois organismos, fomentando novas áreas colaboração", refere uma nota do gabinete do ministro da Cultura, Castro Mendes.
Em declarações à agência Lusa, Mariano Cabaço, responsável pelo Gabinete do Património Cultural da UMP, adiantou que este protocolo tem como "grande objetivo" fazer "um enquadramento da relação de parceria entre as 400 misericórdias detentoras de património e os organismos tutelares da cultura para várias áreas".
Entre essas áreas está o património arquitetónico, disse Mariano Cabaço, informando, a este propósito, que as misericórdias têm "cerca de 1.100 edifícios identificados com importância arquitetónica e cultural".
O património móvel e arquivístico das instituições são outras áreas envolvidas nesta parceria, sublinhou.
Sobre o património móvel, Manuel Cabaço avançou que foi realizado um trabalho de inventariação em 89 misericórdias, onde foram estudadas e referenciadas mais de 26.000 peças.
"É um trabalho que pretendemos continuar", assegurou.
Há ainda "dois grandes projetos" que estão contemplados neste protocolo, o "Viver o património" e o "Museu virtual das Misericórdias", que "é o coroar do trabalho", que tem vindo a ser realizado, de "conhecer o património, inventariá-lo, com o princípio de o poder colocar à fruição da humanidade", disse o responsável.
Manuel Cabaço explicou que o projeto "Viver o património" tem como objetivo a abertura das igrejas das Misericórdias de "forma coordenada, com uma apresentação técnica e científica adequada", enquanto o museu visa "mostrar de uma forma virtual o espólio" das instituições.
"São misericórdias espalhadas por todo o país, com mais de 500 anos, e é muito importante para nós valorizarmos este património" e "transmiti-lo às gerações futuras de forma arrumada, estudada e contextualizada", disse, sublinhando ainda que o património "é o garante da identidade" destas instituições.
Para o Ministério da Cultura, esta parceria entre os dois organismos é da "maior importância".
"Considerando que o período de programação do Portugal 2020 disponibiliza diferentes e variadas hipóteses de intervenção na defesa, salvaguarda, conservação e promoção do património, e que as Misericórdias Portuguesas estão fortemente empenhadas em desenvolver ações de valorização do património de que são proprietárias, esta parceria reveste-se da maior importância", sublinha o gabinete do ministro Luís Castro Mendes, em comunicado.
O protocolo envolve, muito diretamente, a Direção-Geral do Património Cultural, as Direções Regionais de Cultura e a Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, numa perspetiva de apoio técnico e metodológico, mas também consultivo.
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