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Joël Pommerat regressa a Almada depois dos êxitos em 2011 e 2014

'As aventuras de Pinóquio', de Carlo Collodi, são o ponto de partida para a peça que o encenador francês Joël Pommerat apresenta sexta-feira, às 21:00, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, integrada no 33.º Festival de Almada.

Joël Pommerat regressa a Almada depois dos êxitos em 2011 e 2014
Notícias ao Minuto

16:34 - 14/07/16 por Lusa

Cultura Encenador

Considerado por especialistas como um dos maiores nomes do teatro francês contemporâneo, Joël Pommerat (1963) regressa ao Festival de Almada depois do êxito obtido com 'Círculos/Ficções' (2011) e 'A reunificação das duas Coreias' (2014).

A peça com que o vencedor do Grande Prémio de Literatura Dramática pelo Festival de Avinhão, em 2006, por 'Les marchands', regressa a Portugal, assenta "no contraste entre a austeridade do real e os encantos da fantasia", numa tentativa de responder à questão "Será possível crescer e continuar a ser livre?", como se lê na apresentação do programa.

A partir daquela obra emblemática de Carlo Collodi, e com a Companhia Louis Brouillard, Joël Pommerat apresenta no CCB um trabalho estreado no Odéon-Théâtre de l'Europe, que se tornou num "espectáculo de culto", acrescenta a apresentação do Festival de Almada.

Uma peça em que Pommerat "faz jus" à alcunha de "mago da cena" e na qual, na 'caixa negra' que caracteriza o seu teatro, recorre à prestidigitação, fazendo "surgir uma sala de aula, uma 'boîte' manhosa e - como não poderia deixar de ser - a barriga de uma baleia", lê-se na nota.

'Pinóquio', que recebeu o prémio Molière - principal galardão teatral em França -, para o Melhor Espetáculo para o Público Jovem de 2015, tem nova apresentação no CCB, no dia 16, às 18:00.

À mesma hora em que 'Pinóquio' regressa ao palco do CCB, no Fórum Romeu Correia, em Almada, sobe à cena 'Hotel Louisiana quarto 58', uma produção da DebateAberto - Associação Cultural e Artística.

O monólogo, interpretado por Joana Bárcia, inspira-se na vida e obra do escritor egípcio de língua francesa Albert Cossery (1913/2008), que especialistas em literatura consideram um "mestre do escárnio" e "um profeta do prazer e da preguiça".

Com criação, dramaturgia e encenação de João Samões, também 'performer' e pintor, 'Hotel Louisiana quarto 58' segue "a voz dos homens livres e libertários, que contaminaram todas as épocas e todos os lugares com a semente da inquietação, do inconformismo e da revolta", segundo a Companhia de Teatro de Almada (CTA).

Trata-se assim de um espetáculo que "esboroa as fronteiras entre o teatro, o pensamento livre e a literatura", cujo título remete para o pequeno quarto de hotel onde o autor de 'Os homens esquecidos de Deus' e 'As cores da infâmia' viveu e escreveu mais de 50 anos, acrescenta.

Com 29 espetáculos de sala, num total de 51 representações, a 33.ª edição do Festival de Almada, a decorrer até dia 18, é dedicada aos "Novos Mestres" e homenageia Ricardo Pais.

'Deixa-me que te baile', um espetáculo de dança pela Companhia Mercedes Ruiz, com coreografia e interpretação da própria, no palco grande da Escola D. António da Costa, no dia 18, às 22:00, encerra esta edição do Festival.

Nascida em 1980 em Jerez de la Frontera, esta "bailadora" de flamenco - que se estreou como solista em 2002 e arrecadou o prémio da Crítica para Melhor Espetáculo, em 2006, quando apresentou a sua primeira coreografia original - Juncá", na Bienal de Sevilha - estará, no próximo ano, no Théâtre des Bouffes du Nord, em Paris.

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