"Prémio para Dylan é merecidíssimo, só vem é tarde"
O jornalista e investigador Luís Pinheiro de Almeida afirmou hoje à agência Lusa que a atribuição do Nobel da Literatura ao músico norte-americano Bob Dylan "é merecidíssimo, só vem é tarde".
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Cultura Jornalista
"Embora ele recuse ser o porta-voz de uma geração, foi um porta-voz através da sua poesia bela e há quem diga que ainda bem que foi atribuído a Bob Dylan, porque assim vai-se falar de literatura e eu digo o contrário: Vai falar-se de Bob Dylan, nem que seja para dizer bem. Ele merece-o", disse.
Luís Pinheiro de Almeida, autor do livro "Biografia do ié-ié", gosta sobretudo dos primeiros anos de carreira de Bob Dylan, "o período inicial dos direitos cívicos, da guerra do Vietname", e acredita que a poesia dele se alastrou por todo o mundo.
"Não foi só Bob Dylan a cantar os seus poemas, muitos outros o cantaram (...) Veja lá o poder que aquele homem franzino tem", disse.
O compositor e cantor norte-americano Bob Dylan, 75 anos, foi distinguido hoje com o Nobel da Literatura, por "ter criado novas expressões poéticas no âmbito da música norte-americana", justificou a Academia Sueca.
É o primeiro compositor a ser distinguido com este prémio literário.
Bob Dylan, nome artístico de Robert Allen Zimmerman, nasceu a 24 de maio de 1941, em Duluth, no Minnesota, onde aprendeu sozinho a tocar harmónica, guitarra e piano.
É autor de vários álbuns que tiveram grande impacto na música popular, como 'Highway 61 Revisited' (1965), 'Blonde On Blonde' (1966) e 'Blood On The Tracks' (1975), 'Time Out of Mind' (1997) e 'Modern Times' (2006).
Em maio passado saiu o mais recente registo, a coletânea 'Falllen Angels'.
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