Numa nota à imprensa, a DGPC referiu que "a exposição de Amadeo [de] Souza Cardoso, no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, está a ser um sucesso, nos primeiros 10 dias teve mais de 7.500 visitantes".
"O que mostra o interesse crescente pela obra do artista que marcou uma época e que é um dos maiores nomes da pintura portuguesa", acrescentou a mesma nota.
O Museu Nacional de Soares dos Reis recebeu, em 2015, 54.407 visitantes, um aumento de 8,1% em relação ao ano anterior, apesar de representar uma quebra de 9,8% comparativamente com os 60.324 visitantes de 2010.
Mais de 80 das 114 obras de Amadeo de Souza Cardoso, expostas no Porto em 1916, na única exposição individual do artista, compõem a mostra que vai permanecer no Soares dos Reis até ao final do ano, antes de seguir para Lisboa.
"As obras que Amadeo decidiu expor [em 1916] estão hoje dispersas por diversas coleções públicas e privadas. Reuni-las, procurando refazer os gestos e as opções do malogrado pintor [que morreria, inesperadamente, em 1918, com 30 anos de idade] é, em primeiro lugar, uma homenagem", indica a descrição da exposição, que conta com curadoria das investigadoras Raquel Henriques da Silva e Marta Soares.
Como recorda o comunicado da exposição, a mostra de novembro de 1916, no Jardim Passos Manuel, "atingiu, em 12 dias, um número impressionante de visitantes [30.000, relatou Amadeo ao crítico americano Walter Pach] e agitou a cidade", desencadeando, por vezes, reações agressivas e despertando a atenção da imprensa, enquanto, por outro lado, a exposição de dezembro de 1916, na Liga Naval Portuguesa, em Lisboa, "foi mais elitista e cativou, além da imprensa, o entusiasmo do grupo de 'Orpheu'".
Foi neste contexto que Almada Negreiros escreveu, num manifesto de apoio, que "a Descoberta do Caminho Marítimo p'rá Índia é menos importante do que a Exposição de Amadeo de Souza Cardoso na Liga Naval de Lisboa".