Amores e traições de 'La Bayadère' em versão integral no Teatro Camões
A história de amores, traições e desencontros de 'La Bayadère', em versão integral, com coreografia de Fernando Duarte, estreia-se pela Companhia Nacional de Bailado (CNB) a 08 de dezembro, no Teatro Camões, em Lisboa.
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Cultura Encenação
De acordo com a companhia, o espetáculo, que estará em palco até 23 de dezembro, surge em estreia integral na temporada em que a CNB comemora 40 anos, por ser este o último grande clássico que faltava no seu reportório, na totalidade.
A estreia absoluta de 'La Bayadère', por Marius Petipa, com libreto de Sergei Khudekov, deu-se a 04 de fevereiro de 1887, no Teatro Maryinski, em São Petersburgo, e a coreografia será agora assinada por Fernando Duarte, seguindo o original de Petipa.
Pela CNB, foi feita uma estreia parcial - do 'Ato das Sombras' - no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, a 12 de junho de 1987.
Com quase 140 anos, a história relata os amores, desencontros, traição e ciúmes de um rajá, um guerreiro, uma princesa, um faquir, um alto sacerdote hindu e uma bailadeira do templo, 'La Bayadère'.
A Índia e as montanhas dos Himalaias constituem o cenário, e o bailado evoca um país e uma época onde cabem véus de odaliscas, 'tutus' clássicos, faquires, bugigangas, valsas europeias e todos os ingredientes que a Rússia Imperial e o gosto pelo exótico da altura imaginavam à distância.
A CNB recorda, sobre o espetáculo, que um dos atos, "o das Sombras, porventura o grande exemplo do classicismo académico da dança, é, apesar da sua simplicidade estrutural, de uma enorme dificuldade técnica para o corpo de baile feminino".
"Todo ele é deslizante, hipnótico, de beleza celestial, talvez não tenha sido por acaso que é precisamente com ele, que no guião, se atinge o Nirvana", acrescenta a companhia, sobre a coreografia clássica.
Com música de Ludwig Minkus, cenografia de José Capela, figurinos de José António Tenente e desenho de luz de Paulo Graça, o bailado 'La Bayadère' será interpretado por artistas da Companhia Nacional de Bailado, acompanhados pela Orquestra de Câmara Portuguesa, com Pedro Carneiro na direção musical.
Os figurinos são executados no ateliê da CNB, sob orientação da mestra Paula Marinho.
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