"Este acréscimo significativo da procura por parte de públicos e consumidores de arte indicia sua afirmação no âmbito da Rede Nacional de Museus", acrescenta a fonte.
Em 2015, o aumento de visitantes àquele equipamento cultural, face a 2014, tinha sido de 11%.
O pintor modernista Amadeo de Souza-Cardoso é natural de Mancelos, Amarante, onde nasceu a 14 de novembro de 1887. No museu, no centro da cidade, podem ser vistas dezenas de obras de Amadeo (pinturas e desenhos, mas também de outros artistas de Amarante, como António Carneiro e Acácio Lino).
O maior número de visitantes teve, também, significado na receita de bilheteira, com um acréscimo de 50% face ao ano anterior e nas vendas de produtos de 'merchandising', que cresceram cerca de 38%, com destaque para as épocas festivas, como o Natal, em que a procura aumentou significativamente.
Para o município, os números de 2016 refletem também o "renascer" de Amadeo de Souza-Cardoso nos planos nacional e internacional, por via, sobretudo, da exposição que a Fundação Calouste Gulbenkian organizou no Grand Palais, em Paris.
Para aquela exposição, sublinha a autarquia, o museu de Amarante contribuiu com 20 peças da sua exposição permanente, entre pinturas, desenhos e caricaturas, obras correspondentes a diferentes fases da vida artística de Amadeo.
Depois de Paris, assinala o município, "foi a cidade do Porto a mostrar Amadeo, ainda em 2016, tendo o Museu [Nacional de] Soares dos Reis organizado a mostra 'Amadeo de Souza-Cardoso/Porto-Lisboa/2016-1916', agora patente em Lisboa, até 26 de fevereiro, no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado".
Ao mesmo tempo, a afirmação de Amadeo em Amarante e na região, sobretudo junto de públicos escolares, tem sido conseguida, segundo o município, "através de múltiplas iniciativas, de que são exemplos as atividades 'Amadeo convida a vir ao Museu' ou 'Amadeo e a inquietação pelas paisagens de Manhufe, Amarante e Marão', para além de ateliês temáticos realizados regularmente".