Cornucópia estreia hoje peça numa "situação complicadíssima"
O Teatro da Cornucópia, em Lisboa, estreia hoje “Ai amor sem pés nem cabeça”, a partir de textos do século XVIII, quando vive uma “situação complicadíssima”, sem ter recebido qualquer financiamento "do Estado desde janeiro”, disse Luís Miguel Cintra.
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Cultura Encenador
Nesta peça “expomos a situação, numa atmosfera de humor e ironia”, “através da encenação, em que o cenário não corresponde a nenhuma das peças apresentadas, é um lugar abstrato, teórico, onde se pode passar tudo a todos os níveis de representação”, disse o encenador Luís Miguel Cintra.
“Quis incorporar isso dentro do espetáculo”, sublinhou o encenador, que foi um dos fundadores do Teatro da Cornucópia, há 40 anos.
Luís Miguel Cintra afirmou à Lusa que a companhia esteve “metade do ano a viver sem qualquer espécie de apoio”, tendo-lhe valido as “contribuições do público, os amigos da Cornucópia e as receitas de bilheteira”.
“Mas este mês já estamos a viver de empréstimos”, revelou Luís Miguel Cintra.
Referindo-se à peça, Cintra afirmou que “são retratos da vida quotidiana – uma sátira que puxámos para os dias de hoje que é aquilo que nos interessa”.
“São retratos de situações que têm um conteúdo humano que transcendem aquela época. Há muito mais a tirar de textos aparentemente simples”, realçou.
A peça tem cenários e figurinos de Cristina Reis e o elenco é constituído pelo próprio Luís Miguel Cintra, e ainda por Dinis Gomes, Duarte Guimarães, José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luísa Cruz, Manuel Romano, Rita Durão, Sofia Marques, Teresa Madruga, Vítor D’Andrade e pelos estagiários, da Escola Superior de Teatro e Cinema, Rui Teigão, Ana Amaral e Laura Silva.
“Ai amor sem pés nem cabeça” estará em cena no Teatro do bairro Alto até 30 de junho.
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