Sala em pé para ouvir Oprah elogiar as "mulheres cujo nome não sabemos"

Icónica apresentadora norte-americana foi presenteada com o Globo de Ouro Cecil B. DeMille, um prémio honorário, na 75.ª edição dos Globos de Ouro. Oprah fez um discurso poderoso sobre um novo capítulo que se abre para as mulheres.

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Anabela de Sousa Dantas
08/01/2018 04:50 ‧ 08/01/2018 por Anabela de Sousa Dantas

Cultura

Gala

A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood entregou, este ano, o Globo de Ouro Cecil B. DeMille a Oprah Winfrey, tornando-a na primeira mulher negra a receber o galardão nos 75 anos de história da gala.

A atriz e apresentadora recebeu o prémio com um discurso emocionante e emocionado, onde falou sobre racismo, igualdade e abusos sexuais, algo com qual a família de Oprah também teve que lidar.

Destacando o valor da imprensa, Oprah referiu que as pessoas que contam histórias, as pessoas de Hollywood, este ano tornaram-se “a história” neste momento, mas uma história que “transcende cultura, geografia, raça, religião, política e ou local de trabalho”.

“Esta noite quero expressar gratidão a todas as mulheres que tiveram que aguentar anos de abusos e violações porque elas – como a minha mãe – tinham crianças para alimentar e contas para pagar e sonhos a perseguir. São as mulheres cujos nomes nunca saberemos”.

Oprah mencionou as mulheres domésticas, as agricultoras, as que trabalham em fábricas ou em restaurantes, as que trabalham em ciência, na medicina, na tecnologia ou nas engenharias, as atletas olímpicas ou as mulheres no exército.

“Durante demasiado tempo, as mulheres não foram ouvidas ou não acreditaram nelas se ousavam dizer a verdade perante o poder desses homens. Mas o tempo deles acabou. O tempo deles acabou”, acrescentou.

“Um novo dia está no horizonte”, disse Oprah, dirigindo-se a todas as jovens de hoje. “E quando esse novo dia finalmente amanhecer, será por causa de muitas mulheres magníficas, muitas delas aqui presentes, e alguns homens fenomenais, que trabalham com afinco para assegurar que se tornam nos líderes que nos transportarão para um tempo em que ninguém tenha que dizer ‘eu também’ (‘me too’) de novo”.

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