"Já andávamos há algum tempo a falar em fazer um concerto diferente, com orquestra, e, no início do ano, propusemos para o Sudoeste", afirmou à agência Lusa o baterista Fred Ferreira.
Depois de terem atuado naquele festival em 2010, com a presença em palco do artista plástico Vihls, os Orelha Negra regressam agora ao Sudoeste com uma atuação que contará com 24 músicos da formação portuguesa West European Sympnony Orchestra.
A eles juntam-se ainda quase uma dezena de convidados, como Mónica Ferraz, Carlos Nobre, Valete e Orlando Santos, que darão voz a muitos dos temas criados pelos Orelha Negra, em particular os que ficaram registados na recente "Mixtape II".
O grupo instrumental, que habitualmente mergulha no catálogo da música soul, funk e hip hop, conjugando instrumentos elétricos com a maquinaria da samplagem e da música eletrónica, experimenta agora as canções do seu repertório mais encorpadas com a sonoridade de uma orquestra.
"Nunca tínhamos experimentado e está a ser emocionante, as músicas soam muito bem [com orquestra]", disse Fred Ferreira, entre ensaios da banda.
Depois da atuação no festival Sudoeste, no palco principal, antes da atuação de Snoop Lion, os Orelha Negra ainda farão mais alguns concertos - incluíndo uma passagem em setembro pelo festival Rock in Rio, no Rio de Janeiro.
De acordo com o baterista, a banda não descarta a hipótese de repetir a experiência que farão no Sudoeste - "já se falou sobre isso" - mas nada está decidido.
Certo é que, para 2014, "e para os próximos tempos", não haverá qualquer outro registo discográfico do grupo.
Dos Orelha Negra, que já lançaram dois álbuns e duas "mixtapes", fazem parte Sam The Kid, Francisco Rebelo, João Gomes, Fred Ferreira e DJ Cruzfader.
O 17.º festival Sudoeste termina no domingo.