Depois da derrota pesada (5-0) na primeira jornada, no Dragão, o Chaves voltava à casa portista com a missão de apagar a imagem pálida deixada nessa partida, mantendo, contudo, a consciência de que o histórico não era (nada) favorável, já que provava que nunca na história tinha conseguido sair do reduto azul e branco com pontos. O favoritismo estava, por isso, inteiramente do lado do FC Porto, apesar das muitas dificuldades que Sérgio Conceição teve para preparar o encontro, face às muitas ausências devido aos compromissos das seleções.
Como seria de esperar, os dragões entraram melhor, pressionantes e com a determinação clara de chegarem à vantagem bem cedo. No entanto, o conjunto transmontano trazia a lição estudada. As linhas baixas, na tentativa de reduzir ao máximos os espaços no último terço portista, aliadas à oleada afinação entre o setor recuado e Jefferson, o trinco que tantas vezes se juntou aos centrais, formando uma espécie de defesa a cinco, criaram muitas dificuldades aos campeões nacionais, que só por Adrián López, aos 2' minutos, e Herrera, aos 40', conseguiram chegar perto da baliza de António Felipe.
No segundo tempo, e já com Sérgio Conceição a vislumbrar a partida da bancada, após ter sido expulso no túnel, à saída para o intervalo, o FC Porto melhorou com as entradas de Brahimi e Hernâni. Foi precisamente esta dupla que fabricou o golo azul e branco: o argelino 'acendeu' o rastilho e Hernâni disparou o 'míssil' que só parou no fundo da baliza flaviense. O público presente no Dragão 'explodiu' de alegria, pois claro, mas os foguetes acabariam por dar lugar a um silêncio ensurdecedor.
Em desvantagem, Daniel Ramos arriscou e lançou Avto e o reforço André Luís e, à semelhança do que aconteceu com os azuis e brancos, seriam as cartadas jogadas a partir do banco a assumirem o papel determinante. Após uma fuga pelo lado esquerdo, o georgiano cruzou, o brasileiro surgiu ao primeiro poste e 'penteou' a bola para o segundo, onde surgiu, oportuno, Stephen Eustáquio, que não perdoou e bateu Vaná. A 'chama' lançada pelo golo de Hernâni acabou gelada com a frieza do golo transmontano, que valeu ao Chaves uma entrada para a história.
Já nos descontos, Aboubakar ainda tentou imitar Maradona e chegar à vitória com a mão, mas o juiz da partida não foi em truques e anulou o golo. O FC Porto desiludiu, assim, na estreia na Taça da Liga, enquanto o Chaves pontuou pela primeira vez no reduto portista e entra com um bom cartão de visita nesta edição da prova.