Jamie Carragher aproveitou a presença de Patrice Evra na estação televisiva britânica Sky Sports para admitir publicamente que o Liverpool errou quando, em 2011, defendeu Luis Suárez a propósito de um episódio de alegado racismo.
O então avançado dos reds havia sido castigado por palavras dirigidas ao lateral do Manchester United, e, no jogo seguinte, a equipa entrou em campo com camisolas alusivas ao caso, algo que, reconhece agora o ex-central, não deveria ter acontecido.
"Não há dúvidas de que cometemos um erro gigante. Foi num jogo à noite, e, como era de noite, viajámos no próprio dia. Chegámos lá, almoçámos e tivemos uma reunião de equipa. Só me lembro do treinador ou de Steve Clarke perguntar a um dos jogadores 'Ainda estão a vestir as camisolas?'. Foi a primeira vez que ouvi falar disso", recordou.
"Não estou a dizer que não fiz parte disso, porque, enquanto clube, todos errámos. Eu era vice-capitão. Mas foi a primeira vez que ouvi algo sobre isso naquela noite, por isso não estou certo sobre quem estava por detrás", acrescentou.
Jamie Carragher explicou, ainda, que foram "os jogadores próximos do Luis [Suárez] no balneário que o queriam apoiar", e assumiu: "Enquanto indivíduo, faltou-me coragem para dizer que não iria usar a camisola".
"Não creio que todos no Liverpool pensassem que estivéssemos a fazer o que era certo, mas, enquanto família e clube, a tua primeira reação é apoiar as pessoas, mesmo que estejam erradas. E isso está errado. Não estou a defendê-la, mas foi a primeira reação. O meu pedido de desculpas", completou.