Um dia após ser vítima de racismo por parte dos adeptos do Dínamo Kiev, Taison manifestou a vontade de deixar o Shakhtar e a Ucrânia por conta daquilo que aconteceu na tarde de domingo. O internacional brasileiro garantiu que o primeiro pensamento após sair de campo em lágrimas foi o de fazer as malas.
"Depois de ontem, a primeira coisa que eu pensei foi: 'acho que está na hora de arrumar as minhas coisinhas e voltar [ao Brasil]'. Mas está difícil porque eles [Shakhtar] recusaram uma proposta do AC Milan, a meio do ano, de 30 milhões de euros. Imagina pedir agora para voltar? Não tem como. Dia 15 de dezembro eu estou aí [no Brasil], mas de férias", afirmou Taison, em declarações reproduzidas pelo Globoesporte.
Recorde-se que Taison foi alvo de cânticos racistas na segunda parte do jogo entre Shakhtar e Dínamo Kiev e acabou por reagir da pior maneira. O médio brasileiro respondeu com o dedo do meio levantado em direção às bancadas e ainda chutou uma bola na direção da mesma. A atitude valeu-lhe um cartão vermelho e Taison abandonou o campo em lágrimas.
Face ao sucedido, Luís Castro, treinador português do Shakhtar, optou por fazer uma curta declaração na qual manifestou o repúdio total por aquilo que Taison viveu e não respondeu a qualquer questão dos jornalistas.
Por seu turno, Taison também fez questão de reagir vias redes sociais e deixou a garantia que nunca se vai calar no combate à discriminação racial.