Há poucos meses estaria longe de imaginar este cenário, mas nos dias de hoje, Mattia Binotto, atual chefe da Ferrari, não tem dúvidas: a sua equipa pode mesmo abandonar a Formula 1.
E o que pode estar na origem desta decisão é a redução drástica do orçamento anual das equipas, que por força do surto do novo coronavírus obrigaram a uma forte reavaliação.
Com várias corridas e treinos suspensos e a possibilidade de um retomar de competição, sem a presença de público nas bancadas, levou a que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) se reunisse com os chefes atuais das respetivas equipas para deliberar os orçamentos previstos para o decorrer das próximas épocas.
No ano passado, as equipas concordaram que o limite orçamental em 2021 seria de 175 milhões de dólares. No entanto, na semana passada, dirigentes da F1 e da FIA acordaram reduzir o valor do próximo ano para 145 milhões, sendo que em 2022 esse valor cairia para 130 milhões.
"A nova demanda para baixar o teto orçamental para 135 milhões de euros é muito exigente em comparação com o estabelecido em junho passado, 160 milhões de euros. É algo que não pode ser alcançado sem sacrifícios significativos, principalmente de recursos humanos. Sim eles querem reduzir ainda mais, talvez isso nos coloque em posição de procurar outras opções para mostrar nosso ADN de competição", referiu Mattia Binotto, numa entrevista ao diário The Guardian.