O Renault Clio voltou a ser em 2019 o carro mais vendido em Portugal. Com mais de 10 mil unidades vendidas, o utilitário da marca francesa renovou-se e espera durante este ano, apesar de todas as dificuldades, manter a preferência dos portugueses.
E enquanto se espera pelo lançamento do novo Clio E-Tech - chega no segundo semestre de 2020 - decidimos fazer-nos à estrada com o motor mais potente deste Clio. Com uma potência de 130cv, binário de 240 Nm, este motor a gasolina de quatro cilindros turbo promete-nos uma condução bastante animada, sem prejudicar os consumos. Mas, mais à frente, ja lá iremos.
Antes de mais, dizer que nesta 5.ª geração do Clio, a Renault tentou superar os seus pontos fracos, aprimorar os pontos fortes e a concorrência que se cuide. Falemos então da nossa experiência com o Clio TCe 130, versão RS Line, que pode adquirir a partir dos 23.920 euros.
As mudanças estéticas
Esta 5.ª geração pode ter várias semelhanças com a anterior, mas a Renault quis evoluir e há pormenores que fazem a diferença. As óticas, o terceiro farol de stop, os novos defletores de ar junto às cavas das rodas dianteiras... Mudanças que deixam o Clio muito mais parecido ao seu irmão mais 'velho', o Mégane. Leve-se isto como um elogio, claro está.
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No entanto, é quando abrimos as portas que assistimos à grande (r)evolução. O desenho do habitáculo é totalmente novo, a começar pelo ecrã de infoentretenimento, agora disposto numa posição vertical. Além do desenho do tablier ter mudado por completo, a qualidade dos materiais subiu substancialmente e os comandos mudaram também o seu formato. Tudo coisas positivas, pese embora o espaço na parte de trás continue... apertado.
A Renault anunciou um aumento na ergonomia, mas se quatro pessoas viajarem dentro do Clio, o conforto dos passageiros que viajam na parte traseira do automóvel pode ficar beliscado caso os bancos da frente estejam um pouco recuados para trás. Mas também, recorde-se, o Clio é um utilitário.
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Ao volante
As sensações ao volante do Clio TCe 130 são muito boas. Aqui a Renault não deixou os louros por mãos alheias e construiu mais uma geração muito divertida de conduzir. Uma direção precisa, um eixo dianteiro muito seguro, uma caixa de sete velocidades que se comporta muito bem, são os principais ingredientes deste Clio que conta com o motor mais potente (para já) desta 5.ª geração.
São 130 cv de potência e 240 Nm de binário, que conferem uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 9 segundos. Não são números que impressionem, longe disso, mas prometemos que dentro do carro as sensações são muito positivas e, em alguns momentos, quase parece que a potência é maior do que a anunciada. Aliado a isto, temos ainda os consumos bastante poupados.
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Consumos
A Renault anuncia médias na ordem dos 5,7 litros de gasolina por cada 100 quilómetros percorridos. Um registo que, na nossa percepção, conseguimos até melhorar caso o nosso foco seja o de poupar.
Apesar desta ser a motorização mais potente da Renault no novo Clio, os consumos não se 'esticam', mesmo que adotemos uma condução totalmente despreocupada. Com várias acelerações, com pouca atenção às rotações, o Desporto ao Minuto atingiu facilmente os 6,5 l/100 (ver imagem acima), o que ainda assim está longe de ser um número assustador para os que mais contas fazem na hora de abastecer.
Com uma condução económica, cuidada, acreditamos que este Clio TCe 130 poderá mesmo chegar a uma média de 5l/100, basta ter atenção ao seu pé direito.
Veredicto final
Não é difícil perceber o porquê do Clio ser um dos carros preferidos dos portugueses. Barato, económico, com linhas atraentes, a Renault não resolveu por completo a falta de algum espaço, essencialmente para os passageiros de trás, mas aprimorou design - exterior e interior - trouxe mais tecnologia, mais dinamismo à condução e provou que o objetivo é continuar na preferência dos seus clientes. A concorrência esmerou-se (falamos principalmente do Peugeot 208), mas a verdade é que o Clio continua a ser um dos utilitários mais apetecíveis do mercado.
Fique com as imagens na fotogaleria acima.
