Concluído o período eleitoral, o FC Porto vira atenções para a continuação do planeamento do plantel com o qual irá 'atacar' a próxima temporada, na qual a defesa deverá ser um dos setores do terreno a conhecer alterações mais profundas.
Esta 'renovação' azul e branca passará muito pela juventude, tal como ficou claro pela recente renovação de Tomás Esteves até junho de 2024, mas o Desporto ao Minuto sabe que não irá dispensar uma ida ao mercado de transferências.
Sérgio Conceição confia na qualidade das promessas que, nos últimos anos, têm vindo a despontar na formação do clube, mas considera essencial alcançar um equilíbrio, contrapondo a juventude com alguma experiência.
Com isso em mente, o técnico do conjunto azul e branco já transmitiu, à direção, a ideia de que será necessário recorrer ao defeso para contratar, pelo menos, um jogador de provas dadas para reforçar este setor. Mas vamos por partes.
Ala direita
Jesús Corona, que se encontra na órbita de clubes como Chelsea, Inter de Milão ou Sevilla, deverá mesmo abandonar o FC Porto no final da presente temporada, até porque a cláusula de rescisão (que baixou de 50 para 30 milhões aquando da última renovação) não se apresenta como impeditivo para os cofres destes clubes.
O agora 'renovado' Tomás Esteves é encarado como uma séria aposta para a próxima temporada, na qual irá, ao que tudo indica, lutar pela posição com Wilson Manafá, que tem vindo a 'balouçar' entre os dois lados da defesa nos últimos meses.
Centro
Iván Marcano, que sofreu uma grave lesão, é baixa certa, pelo menos, até ao final da presente temporada. Até lá, Sérgio Conceição conta com apenas três jogadores - Pepe, Chancel Mbemba e Diogo Leite - para ocupar as duas posições do eixo da defesa. Um cenário que, apurou Desporto ao Minuto, irá mudar em 2020/21.
Diogo Queirós, que se encontra cedido ao Mouscron até final da época, será chamado para, pelo menos, realizar a pré-temporada com a equipa principal do FC Porto. E, com Diogo Leite na lista de reforços do Valencia, os dragões pretendem recorrer ao mercado para contratar um defesa-central de maior experiência.
Ala esquerda
O lado canhoto da defesa azul e branca irá apresentar-se totalmente transfigurado na próxima temporada. Desde logo porque, ao que tudo indica, Alex Telles deverá mesmo vir a deixar o Dragão, numa altura em que é associado ao interesse de Paris Saint-Germain e Manchester City.
O 'adaptado' Wilson Manafá tem vindo a ser a principal alternativa ao brasileiro até agora, mas é quase certo que o clube irá recorrer ao mercado para adquirir, pelo menos, uma opção 'de raiz' que seja capaz de fazer esquecer aquele que, nos últimos anos, tem sido 'dono e senhor' desta posição.
Emprestados são carta fora do baralho
Falta, por fim, examinar dois outros casos: os de Renzo Saravia e Yordán Osorio. O primeiro foi cedido até dezembro de 2020 ao Internacional de Porto Alegre, isto depois de ter chegado ao Dragão com rótulo de jogador de seleção. Nunca convenceu quando foi chamado e a possibilidade de ser vendido a título definitivo também estará em cima da mesa. Caso semelhante é o de Osorio. Contratado em 2017/18, o jogador nunca se afirmou de azul e branco, está cedido ao Zenit e o emblema de São Petersburgo terá garantido, na altura, cláusula de compra sobre o jogador, que deverá permitir um encaixe a rondar os 8 milhões de euros.