Foi no início da época 2015/16 que Adel Taarabt assinou pelo Benfica. O marroquino, pedido por Jorge Jesus, chegava depois de épocas muito intermitentes no AC Milan e no QPR. Acontece que o treinador português acaba por abandonar o Benfica e assinar pelo Sporting.
Tem então início um verdadeiro calvário por parte de Taarabt no Benfica. O médio não convenceu Rui Vitória e nem chegou a alinhar um minuto pela equipa principal.
Volvidos praticamente três anos, já com Bruno Lage no comando técnico, o marroquino ganha nova vida e começa a mostrar-se. O resto da história é conhecida, mas bem antes disso, ainda em 2016, recordemos as palavras de Taarabt à revista France Football.
"Quando eu assinei quem estava no banco era Jorge Jesus mas um mês depois ele mudou-se para o rival Sporting. Chega um novo treinador e eu não me encaixo nos seus planos. Treino, treino e nem uma oportunidade, mesmo em jogos particulares. Como não sou um jogador que ele escolheu...", disse, o internacional por Marrocos, na altura. Passados exatamente cinco anos, Adel Taarabt e Jorge Jesus estão de novo no mesmo clube.
O (re)encontro
Taarabt chegou e Jesus saiu. Os dois não chegaram a trabalhar juntos e, se antes, o técnico acreditava que poderia extrair o máximo deste médio de características, agora, encontra-o, talvez, na melhor fase dos últimos sete anos.
O camisola 49 das águias começou a mostrar-se ainda em 2018/19 e na época passada foi um dos jogadores mais influentes no processo criativo da equipa e no balanço que oferecia também em ambas as transições (defesa-ataque, ataque-defesa).
Taarabt realizou 38 encontros e só não alinhou em mais porque se lesionou na reta final da temporada. O internacional marroquino chegou a marcar um golo - o seu primeiro na Luz - e assistir para mais três.
Jorge Jesus terá inúmeras opções para o meio-campo, nomeadamente Pizzi, Julian Weigl, Gabriel, Samaris e Florentino, mas também Taarabt. E o médio de 31 anos parte para esta nova temporada com uma certeza: vai fazer de tudo para impressionar o treinador, que poderia ter impressionado há cinco anos.