Hirofumi Yoshimura apontou o rápido aumento de casos em Osaka, defendendo que a passagem da tocha olímpica pela cidade, prevista para 14 de abril, "deveria ser cancelada".
"Pensamos que [a etapa da tocha olímpica] entra na categoria de saídas não indispensáveis e que deveríamos evitar as multidões na cidade de Osaka", disse, em conferência de imprensa, citado pelo jornal local Mainichi.
"Gostaria de entrar em discussões com as autoridades da cidade e o comité que organiza os Jogos", acrescentou.
As declarações do governador foram feitas quando se anunciam novas medidas para travar a propagação da pandemia, a partir de 5 de abril, que deverão vigorar durante um mês.
As autoridades de Osaka alertaram que a prefeitura vive uma nova vaga de covid-19.
O território registou 599 novas infeções na quarta-feira, contra 414 em Tóquio, a zona de maior incidência do país.
As declarações de Yoshimura foram feitas no mesmo dia em que o governo central do Japão deu luz verde às prefeituras de Osaka, Hyogo e Miyagi para adotarem medidas mais rigorosas contra a pandemia, face a um aumento de casos nessas áreas.
As três prefeituras serão as primeiras a adotar as medidas reforçadas, ao abrigo da alteração legal que entrou em vigor em fevereiro, e que permite às autoridades locais impor multas às empresas que não cumpram as restrições horárias ao funcionamento ou a doentes que recusem ser hospitalizados.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados em 2020 devido à pandemia, estão agendados de 23 de julho a 80 de agosto deste ano.
A tocha olímpica saiu em 25 de março de Fukushima, no nordeste do Japão, e deverá passar pela prefeitura de Osaka a 13 e 14 de abril, começando na cidade de Sakai.