O FC Porto irá passar, este domingo, a noite 'colado' ao ecrã da televisão para acompanhar o Sporting-Famalicão, uma vez que o triunfo conquistado sobre o Tondela, na deslocação ao estádio João Cardoso, deixou, provisoriamente, a liderança da I Liga a uma distância de apenas cinco pontos.
Os dragões estiveram longe de encher uma exibição de 'encher o olho', mas fizeram um trabalho mais do que suficiente para levar de vencida um conjunto auriverde que, acima de tudo, preocupou-se em defender o resultado. Uma estratégia que durou apenas... 19 minutos.
Após duas oportunidades desperdiçadas, primeiro por Marko Grujic, e depois por Evanilson, Toni Martínez, aposta a titular de Sérgio Conceição em detrimento de Moussa Marega, apareceu na grande área a amortecer e a 'disparar' para o fundo das redes, no seguimento de um belo passe longo de Pepe.
Após o golo, o FC Porto recuou linhas e o Tondela aproveitou para, por fim, conseguir ter alguma bola, após uns instantes iniciais de autêntico 'sufoco'. No entanto, nunca conseguiram criar qualquer tipo de incómodo a Agustín Marchesín, com exceção de um potente remate desferido por Jaume Grau à beira do apito para o intervalo.
Uma tendência que se manteve no segundo tempo. Os homens da casa conseguiram fazer circular a bola no terreno oposto, mas sem nunca causar embaraços ao adversário, que deu a 'machadada final' já aos 83 minutos. Mehdi Taremi, que tinha entrado menos de dez minutos antes, aproveitou um cruzamento de Otávio para, na insistência, fazer o gosto ao pé.
Com este triunfo, o FC Porto passou a somar 60 pontos, menos cinco do que o líder da I Liga, o Sporting, que ainda tem encontro marcado com o Famalicão. Já o Tondela, permanece com 28 pontos, tantos quanto Gil Vicente (que tem encontro marcado com o Moreirense) e Rio Ave, com quem partilha o décimo lugar.
Figura
Toni Martínez continua a ganhar espaço nas opções de Sérgio Conceição, e aproveitou a primeira titularidade pela equipa principal em quase três meses para mostrar o que vale. Esteve presente nas duas grandes oportunidades do FC Porto na primeira parte. Primeiro, fez o gosto ao pé com um belo gesto técnico, e depois, lançou Jesús Corona, que atirou para a defesa de Trigueira. Um claro sinal de que está preparado para mais.
Surpresa
Sérgio Oliveira foi poupado a pensar na Liga dos Campeões, pelo que voltou a recair sobre Marko Grujic a responsabilidade de assumir o controlo das operações no meio-campo. O internacional sérvio respondeu, uma vez mais, com nota positiva, tal com já tinha acontecido diante do Chelsea. Deu o primeiro sinal de perigo da tarde, quanto cabeceou para as mãos de Trigueira, e ‘encheu’ o centro do terreno.
Desilusão
Zaidu Sanusi foi um dos jogadores em melhor plano do FC Porto na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, diante do Chelsea, mas pareceu ter deixado a cabeça em Sevilha, tais as desatenções defensivas que foi somando ao longo dos 90 minutos. Ofensivamente, onde até costuma mostrar-se mais produtivo, também ficou aquém das expetativas.
Treinadores
Pako Ayestarán: Exibição fraca do Tondela, numa tarde em que podia ter aspirado a surpreender, dada as poupanças levadas a cabo por Sérgio Conceição. Os auriverdes limitaram-se a defender e, assim que recuperavam a bola, procuravam ‘despachá-la’ na frente, em Salvador Agra ou Mario González. A equipa cresceu ligeiramente após o golo de Toni Martínez, mas também graças ao facto de o adversário ter recuado linhas.
Sérgio Conceição: No meio de uma eliminatória europeia, o treinador do FC Porto optou por poupar algumas peças nucleares, como Chancel Mbemba ou Moussa Marega, e a equipa respondeu bem. Ainda que sem nunca encantar, o conjunto azul e branco assinou um desempenho suficiente para levar os três pontos para casa. Era, no entanto, escusado o ‘sofrimento’ causado pelo excessivo recuar de linhas após o golo inaugural.
Árbitro
A chuva que se abateu na Beira Alta instantes antes do apito final ‘encharcou’ o relvado e deixou o jogo propício a mais choques entre jogadores. Fábio Veríssimo soube entender as circunstâncias e procurou deixar jogar. Ainda assim, o juiz deixou-se cair em ‘vícios antigos’ e, aqui e ali, não resistiu a apitar faltas desnecessárias que impediram a partida de ganhar mais alguma fluidez.
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