"A nova proposta de competição europeia não é mais do que um plano egoísta, desenhado para enriquecer ainda mais os mais ricos. Sorverá o atrativo de todo o jogo e terá um impacto profundamente prejudicial para toda a 'La Liga', os clubes que a compõem e todo o ecossistema futebolístico", pode ler-se em comunicado.
Atlético de Madrid, Real Madrid e FC Barcelona são três dos 12 clubes fundadores proponentes da prova, que a Liga espanhola quer agora combater com "todas as ferramentas", para "defender a integridade e o futuro do futebol espanhol".
"Os adeptos de futebol de toda a Europa podem sonhar com que o seu clube, seja qual for a dimensão, possa destacar-se numa competição, chegar ao lugar mais alto, e competir entre o topo do futebol europeu. 'La Liga' defende esta tradição futebolística europeia de futebol para todos. O conceito proposto pelos 12 clubes destrói este sonho", criticam.
No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham, treinado pelo português José Mourinho, "uniram-se na qualidade de clubes fundadores" da Superliga, indica um comunicado enviado à AFP.
"A época inaugural (...) iniciar-se-á o mais brevemente possível", informam os subscritores do comunicado, sem precisar qualquer data, adiantando que a nova competição pretende "gerar recursos suplementares para toda a pirâmide do futebol".
Os promotores da Superliga adiantam que a prova será disputada por 20 clubes, pois, aos 15 fundadores -- apesar de terem sido anunciados apenas 12 -, juntar-se-ão mais cinco clubes, qualificados anualmente, com base no desempenho da época anterior.
A época arrancará em agosto, com dois grupos de 10 equipas e os jogos, em casa e fora, serão realizados a meio da semana, mas todos os clubes participantes continuarão a disputar as respetivas ligas nacionais.
O comunicado dos 12 clubes surge no mesmo dia em que a UEFA reafirmou que excluirá os clubes que integrem uma eventual Superliga europeia de futebol, e que tomará "todas as medidas necessárias, a nível judicial e desportivo" para inviabilizar a criação de um "projeto cínico".
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