Segundo Mark Adams, que falava aos jornalistas após uma curta reunião do Conselho Executivo do COI, já estão encontrados quase oito mil atletas participantes, com "70% das quotas já alocadas" e o processo de qualificação terminado numa série de desportos e disciplinas, do andebol ao ciclismo de estrada e voleibol, entre outros.
O processo de qualificação decorre até 29 de junho para encontrar os 30% que faltam, com 20% a ser apurado via 'ranking' internacional e 10% com a realização de eventos de qualificação.
Mark Adams respondeu a perguntas sobre o que considerou "especulação", sobre a realização da prova quando o Japão prolongou o estado de emergência nas principais zonas metropolitanas, devido à pandemia de covid-19, com uma opinião pública nipónica altamente contra o evento ir para a frente.
"Estamos totalmente concentrado na fase final da implementação dos Jogos", garantiu o porta-voz, que garantiu que a opinião pública será mais favorável mais próximo do arranque.
Referiu-se aos vários eventos de teste, e eventos internacionais, que têm sido organizados nos últimos meses como "prova" de que os Jogos poderão realizar-se.
Quanto à vacinação, e depois do acordo que o COI assinou com a Pfizer, deixou ainda a garantia de que "uma grande maioria dos ocupantes da Aldeia Olímpica estarão vacinados", no que é "uma mensagem importante" e uma segurança para a população japonesa, afirmou.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020, já adiados para 2021 devido à pandemia, têm a sua abertura prevista para 23 de julho, decorrendo até 08 de agosto.
O estado de emergência, que é menos restrito no Japão do que os confinamentos impostos em outros países do mundo, foi prolongado até 31 de maio nos departamentos do país mais afetados pela pandemia, entre os quais Tóquio.
A crise sanitária no Japão foi menos grave do que em muitos outros países, tendo sido registados oficialmente cerca de 10.800 mortos desde o início de 2020.
No entanto, o programa nacional de vacinação tem evoluído muito lentamente, pelo que alguns departamentos japoneses têm registado nas últimas semanas níveis recorde de infeção com covid-19 e a propagação das novas variantes tem agravado a situação.
O governo nipónico e os organizadores dos Jogos insistem na realização do evento, adiado já um ano devido ao vírus, alegando que este poderá se desenrolar "com toda a segurança" neste verão, enquanto as mais recentes sondagens dão conta de que a maioria dos japoneses defende a anulação ou um novo adiamento dos Jogos.