A seleção chega a estes Mundiais, entre domingo e 13 de julho, depois de em 2019 ter tido a sua melhor classificação de sempre e o seu primeiro título mundial, com Jorge Fonseca a conquistar a medalha de ouro nos -100 kg.
Em Tóquio, o judoca do Sporting surpreendeu tudo e todos, ao vencer seis combates, o último dos quais na final diante do russo Niyaz Ilyasov, e já depois de ter afastado alguns favoritos, entre os quais o líder mundial, o georgiano Varlam Liparteliani.
Agora, em Budapeste, Liparteliani continua a ser um dos favoritos, bem como o holandês Michael Korrel, o russo Arman Adamian, o azeri Elmar Gasimov ou o francês Alexandre Iddir, que derrotou Fonseca nos Europeus, todos cabeças de série.
Já Telma Monteiro chega a mais um campeonato com o 'estofo' de ser a judoca portuguesa mais medalhada de sempre e com maior consistência de resultados, com quatro medalhas de prata e uma de bronze em Mundiais.
Na capital húngara, Telma diz que é impossível não pensar no pódio, pela ambição que a caracteriza, mas a judoca encara a competição como um "treino muito sério" para os Jogos Olímpicos, que são o grande objetivo do ano.
"O foco são os Jogos Olímpicos, mas, estando bem para fazer o Campeonato do Mundo, faz todo o sentido ir competir, tentar lutar com algumas adversárias que não tive oportunidade de lutar, porque não tem havido estágios internacionais e então a competição vai acabar por ser um treino muito sério", disse a judoca na apresentação do Mundial, sem deixar de referir que para si as medalhas "são sempre um objetivo".
Nos -57 kg a concorrência é forte, numa categoria que terá na capital húngara as canadianas número um e dois do mundo, Christa Deguchi e Jessica Klimkait, mas também Mora Gjakova, Momo Tamaoki, Hedvig Karakas ou Sumiya Dorjsuren, a vice-campeã olímpica.
Para Portugal, nomes também fortes e com possibilidades de entrarem no pódio, são os de Bárbara Timo (-70 kg), vice-campeã mundial em Tóquio e medalha de bronze nos Europeus em Lisboa, ou Rochele Nunes (+78kg), com um 2021 de sucesso.
Timo surpreendeu em 2019 ao chegar à medalha de prata, e apesar de algumas lesões, entre as quais uma cirurgia ao cotovelo, em agosto de 2020, foi bronze nos Europeus de Lisboa, e Rochele tem somado medalhas entre o último ano e este, duas em Europeus.
Catarina Costa (-48 kg) e Joana Ramos (-52 kg), em zona de apuramento olímpico, estiveram muito perto de subir ao pódio nos Mundiais de 2018 e 2019, respetivamente, e são, igualmente, nomes a ter em conta na seleção feminina, que terá ainda Maria Siderot (-48 kg), Joana Diogo (-52 kg) e Wilsa Gomes (-57 kg).
Em masculinos, além do campeão mundial Jorge Fonseca, Anri Egutidze (-81 kg) chega a Budapeste depois de nos Europeus de Lisboa ter ficado à porta do pódio (quinto), enquanto Rodrigo Lopes (-60 kg) e João Crisóstomo (-66 kg) procuram pontos na qualificação olímpica.
Já a pensar em Paris2024, entram ainda nos Mundiais João Fernando (-73 kg) e Manuel Rodrigues (-81 kg), com Portugal a competir entre domingo e 12 de julho, o último dia da competição individual, sendo o 13 de julho destinado à prova de equipas.
Programa dos Mundiais de judo, em Budapeste:
05 jun, sábado: sorteio (14:00, 13:00 em Lisboa).
06 jun, domingo: Catarina Costa (-48 kg), Maria Siderot (-48 kg) e Rodrigo Lopes (-60 kg).
07 jun, segunda-feira: Joana Diogo (-52 kg), Joana Ramos (-52 kg), João Crisóstomo (-66 kg).
08 jun, terça-feira: Telma Monteiro (-57 kg), Wilsa Gomes (-57 kg), João Fernando (-73 kg).
09 jun, quarta-feira: Anri Egutidze (-81 kg), Manuel Rodrigues (-81 kg).
10 jun, quinta-feira: Bárbara Timo (-70 Kg).
11 jun, sexta-feira: Jorge Fonseca (-100 kg).
12 jun, sábado: Rochele Nunes (+78 kg).
13 jun, domingo: Equipas mistas.