O segundo jogo de Portugal no Euro'2020 terminou com uma derrota pesada na Allianz Arena, em Munique. Portugal perdeu por 2-4 frente à Alemanha e desceu ao terceiro lugar do Grupo F, onde soma os mesmos três pontos que somava à partida este encontro.
A equipa das quinas até começou melhor com um golo de Cristiano Ronaldo, mas permitiu a reviravolta alemã. Auto-golos de Rúben Dias e de Raphäel Guerreiro e outros dois golos de Havertz e Gosens carimbaram o triunfo da ‘maanschaft’ sobre Portugal, num jogo que bateu um recorde... negativo: nunca uma equipa tinha marcado dois auto-golos numa fase final de um Europeu.
Segue-se França e uma última jornada onde tudo se irá decidir. Há várias contas que se podem fazer, mas todos queremos a mais fácil, que é a vitória que apura Portugal para os oitavos-de-final,
Fique com as notas do encontro entre Portugal e Alemanha.
Figura
Robin Gosens fez um jogo brilhante. O lateral/ala esquerdo alemão aproveitou a passividade da defesa portuguesa para fazer o que quis da equipa das quinas. Esteve no primeiro golo da Alemanha, assistiu para o terceiro, marcou o quarto… Provavelmente, o jogador da Atalanta fez frente a Portugal um dos jogos, senão o jogo, da sua carreira.
Desilusão
Mais do que individualizar, temos que assinalar como desilusão a organização defensiva de Portugal. Sem bola, a equipa das quinas nunca esteve segura de si, pouco pressionou, e sempre que a Alemanha queria criar perigo, conseguia. Jogar com dois trincos nem sempre é sinónimo de defender bem. Veja-se as imagens do terceiro golo, onde William Carvalho pouco recua e pouco pressiona. Pedia-se mais, até porque a estratégia dos alemães pouco diferença teve em relação ao jogo com França.
Surpresa
Renato Sanches entrou bem e mexeu com o jogo português (mais uma vez) quando colocado no corredor central, e ‘grita’ pela titularidade. Atirou um potente remate ao poste, que poderia ter mudado a história do jogo.
Fernando Santos
Disse na antevisão da partida que Portugal não tinha medo desta Alemanha. Dentro de campo, sempre que os germânicos tinham a bola, a verdade é que a seleção nacional tremia que nem ‘varas verdes’, como se costuma dizer. Pedia-se outra organização defensiva e outra atitude à perda da bola. O selecionador apostou no mesmo onze e podia ter feito uma ou outra alteração – talvez a titularidade de Renato , mas mais do que isso pedia-se outra estratégia. Portugal foi presa fácil para a Alemanha, que bastava acelerar e causava perigo na área lusa.
Joachim Löw
Teve a inteligência suficiente para explorar os pontos fracos da seleção portuguesa. Os jogadores do meio-campo, Kroos e Gundogan, conseguiram sempre levar consigo Bruno Fernandes e William, o que deixava Danilo completamente desprotegido. O jogador do PSG ficava sozinho perante os aparecimentos de Havertz, Gnabry e Muller. Portugal não soube ocupar bem os espaços e a seleção alemã aproveitou esse facto na maior parte do tempo. Estratégia perfeita apenas beliscada por um golo que nasceu de inspiração individual e por outro de bola parada.
Árbitro, Anthony Taylor
Muito competente e não vacilou em nenhum dos lances capitais do jogo. Nada a apontar à arbitragem do juiz inglês.