Análise ao encontro: Acho que foi um jogo ingrato. Começámos logo a perder, nunca conseguimos colocar em prática o plano de jogo, até pelo desenrolar do jogo. Sofrer o 1-0 logo a abrir, a seguir o 2-0 num lance que ninguém esperava.
Começas a ficar naturalmente desconfortável com o resultado. Sabíamos que os jogadores do Ajax eram muito fortes nas transições. Acabámos ainda assim por fazer o 2-1, tentámos assentar o nosso jogo, colocar em prática o que tínhamos treinado, conseguimos reduzir mas logo a seguir surge um momento que considero ter sido uns dos momentos-chave, que foi quando o Ajax fez o 3-1.
Diálogo ao intervalo: Falámos ao intervalo, sabíamos que tínhamos muita coisa a mudar, não era só aquilo que apresentámos na primeira parte nem de perto nem de longe. Conseguimos entrar bem e até fazer o 3-2 que é anulado. Passámos de uma situação de 3-2 para um 4-1 e a jogar em casa, por muito que mentalmente queiramos fechar a porta e não sofrer mais golos, o clube que representamos obriga-nos também a partir para cima e a tentar fazer o que planeámos, e temos capacidade. Acabou o Ajax por fazer o 5º golo e foi a história do jogo.
Faltou experiência? O primeiro impacto de Liga dos Campeões numa equipa em que poucos a tinham jogado sabíamos que é normal que aconteça. Tivemos uma falange de apoio do nosso lado que esteve sempre connosco, mas as circunstâncias, os detalhes, não quiseram nada connosco. Quando podíamos até partir para uma grande segunda parte com o 3-2 acabámos por ver o golo anulado e a seguir sofremos. Não estamos satisfeitos e temos que voltar já a reagir. Tivemos uma situação idêntica no ano passado para a Liga Europa e conseguimos como grupo dar as mãos, falar e sair por cima. Acredito que com a fibra de que é feito este grupo, consigamos fazer igual já no domingo.
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