O jornal francês L'Équipe publicou, ao final da tarde desta sexta-feira, uma extensa entrevista com Olivier Giroud, que não esconde o desagrado para com o facto de Didier Deschamps ter promovido o regresso de Karim Benzema à seleção, após uma longa ausência.
O avançado, que no passado mercado de transferências de verão trocou o Chelsea pelo AC Milan, voltou a ser preterido pelo goleador do Real Madrid na mais recente lista de convocados da seleção gaulesa, mas, mais do que isso, lamenta a forma como o treinador geriu a situação.
"Eu fiquei a saber, tal como toda a gente, no momento da revelação da lista de convocados por parte do treinador. Foi a vontade do treinador em proceder desta maneira. Ele preferiu que não se descontrolasse", começou por afirmar.
"Agora, quem sou eu para pedir que me tivesse ligado? É ele quem toma as decisões. Mas gostava de ter sido avisado, como ele avisou alguns dirigentes. Também tive a oportunidade de falar sobre isso com ele, na seleção", acrescentou.
Olivier Giroud defendeu, na mesma entrevista, que "este regresso criou um desequilíbrio tático ao nível da equipa" gaulesa: "Digo isto francamente, e sem nada contra o Karim. Muita coisa aconteceu, como ficou à vista nalguns jogos".
"A seleção francesa conseguiu superar este problema de adaptação tática muito bem. Vimo-lo, especialmente, na Liga das Nações, mas demorou. O Karim alterou rapidamente a nossa maneira de jogar, que estava consagrada há cinco anos", concluiu.
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