Rúben Amorim lançou nesta terça-feira a partida frente ao Casa Pia, a contar para a Taça de Portugal, marcado para o Estádio Pina Manique, com início às 20h45 de quarta-feira.

Antevisão: Esperamos um jogo difícil. O Penafiel foi um sério aviso a esta equipa. é uma equipa que joga no mesmo sistema que nos, que até há pouco tempo liderava a classificação, que teve duas derrotas, o que é normal porque a II Liga é competitiva, um treinador que conheço bem, ele também em conhece a mim, dinâmicas muito idênticas, uma equipa preparada que não tem anda a perder, num campo que é muito características. Nós temos de ser muito sérios. Se houve jogos este ano que só os ganhámos porque entramos sempre a pênsar que era possível vencer, acho que aqui é um pouco ao contrário. Vamos entrar em campo sabendo que o podemos perder, porque se não formos intensos, se não formos muito sérios, poderemos não ultrapassar esta eliminatória, o que seria muito mais para nós. Temos de assumir a nossa responsabilidade.

Disponíveis: Não há mais ninguém. Talvez o Esgaio possa ter a mesma situação da alta, porque faz o 11.º dia.. Se tiver alta, é mais uma opção, é um jogador sem sintomas, que não perde a forma. Os outros ainda não contam.

Regresso ao Pina Manique: É um local muito especial para mim, foi onde comecei a minha carreira como treinador, mas será especial. Eu quero manter as boas recordações de Pina Manique, portanto precisamos de ganhar. Não ganhando, em vez de ser algo especial, torna-se um pesadelo. Vou reencontrar pessoas que trabalhavam naquela altura, mas o que interessa é ganhar, trazer a eliminatória para Alvalade.

Sistema melhor ou pior? Depende muito dos resultados. Já no tempo do Casa Pia trabalhávamos este sistema, não é por isso que o Casa Pia joga assim. O Filipe Martins decidiu jogar assim, não foi por minha causa porque já passaram por lá outros treinadores que mudaram o sistema. Obviamente que quando há sistema contra sistema, conta muito a qualidade dos jogadores. Se não formos intensos, se não formos rápidos, se os outros entenderem melhor o jogo, se forem mais combativos, não temos qualidade. O Penafiel foi a amostra do que é a II Liga, muito competitiva, e de u m momento para o outro o Casa Pia pode estar a jogar na I Liga. É usar aquilo que fazemos durante horas no treino, no mesmo sistema, sabemos que problemas nos podem causar e vamos fazer o mesmo ao Casa Pia. Temos essa responsabilidade, temos melhores jogadores e, mesmo jogando fora, temos de ganhar o jogo.

Pedro Gonçalves sem golos: Ainda bem que coloca essa pergunta porque a última vez que falámos sobre a seca do Pedro Gonçalves foi antes do jogo contra o Borussia Dortmund, portanto já sabemos a resposta à pergunta. É um jogador que, para o bem e para o mal, não pensa muito nas coisas. Obviamente que os jogadores querem marcar, mas cada jogo é oportunidade para ele fazer um golo, dois golos. Ele não está muito ansioso porque não faz parte das características dele.

Penáltis: Podemos ir trocando. O Porro não chegou a falhar um penálti, mas trocámo-lo porque ele batia sempre para o mesmo lado. Vai estar lá no papel quem vai bater, depois entre eles pode haver uma mudança se chegarem a acordo. Depende também do jogo, da observação que fizemos ao guarda-redes, quem está mais confiante para bater o penálti.

Mudanças na equipa: Vamos mudar as características de acordo com o adversário e dar sangue fresco. Por mais que eles recuperem, é preciso jogadores frescos, com ainda mais fome, para uma energia extra à dinâmica defensiva e ofensiva. A força deste grupo é porque toda a gente está preparada. Vamos pôr sangue fresco, mas com zero facilitismo. Vai jogar a melhor equipa pra vencer o jogo, porque depois vamos dar dois dias de natal e depois vamos ter praticamente uma semana limpa, por isso não vamos ter poupanças.

Campeonato menos interessante? Pode ser pontual, mas se formos ver a história, houve anos em que passou a ser a dois, até foi a três. Acho que já se estão a dar passos para melhorar, e acho que o campeonato tem de melhorar, e vai melhorar. Em relação às goleadas, só nós é que ainda não tivemos, por isso, falta a nossa parte, sabendo que os jogos são todos difíceis. O último jogo, o 3-0 frente ao Gil Vicente, não reflete a dificuldade do jogo. Isto pode mudar de um momento para o outro. No ano passado também tivemos uma série de vitórias e depois, em quatro jogos, ganhámos só um. É não olhar para o lado, não pensar que isso será a regra, é ganhar todos os jogos e conquistar o máximo de pontos. Penso que com estas decisões de equilíbrio dos direitos televisivos, mais dinheiro espalhado pelas equipas, o campeonato vai melhorar.

Mercado de janeiro: Não vamos pedir nada, temos a nossa ideia, o nosso planeamento até já a pensar na próxima época. Pode haver um ajuste ou outro, mas não há nada concreto nem pedi nada ao presidente porque sei o momento e aquilo de que falámos no início da época.

Juventude na equipa: O Rodrigo Ribeiro voltou a baixar, o Marsá continua connosco, temos poucos centrais, tivemos dois dias para trabalhar. Ele está cada vez melhor e é esta dança entre escalões, que às vezes não os ajuda tanto, mas que é necessária. Quando o Marsá tiver de voltar à equipa B, ele volta. Por exemplo, o Geny vai voltar à equipa B e esteve se calhar a dois minutos de entrar em jogo. É muito isto, o Marsá continua a ter espaço, o Rodrigo Ribeiro continua a ter as suas oportunidades, o Geny também. Vão ter de andar de escalão em escalão porque precisam e porque também merecem.