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Acidente de Mário Figueiredo "não teve a ver com futebol"

Pedro Guedes, acusado pelo presidente da Liga de ter estado na origem do acidente na rotunda da AEP, afirma que Mário Figueiredo está a "tentar aproveitar-se de uma situação pessoal e diz o que mais lhe convém"

Acidente de Mário Figueiredo "não teve a ver com futebol"
Notícias ao Minuto

16:04 - 20/03/14 por O Jogo

Desporto Pedro Guedes

Pedro Guedes, profissional da indústria farmacêutica, que esteve envolvido no acidente com Mário Figueiredo, presidente da Liga, na passada segunda-feira, disse a O JOGO que não está nem nunca esteve ligado ao futebol. "Esse senhor está a aproveitar-se da situação. O que aconteceu é pessoal e ninguém tentou matá-lo."

É uma versão absolutamente oposta à do presidente da Liga, que afirmou que o tentaram matar. "Fui atingido a alta velocidade, isto foi uma encomenda", disse Figueiredo, dando a entender também que a 'encomenda' está relacionada com o futebol.

Pedro Guedes até gostava de passar ao lado do assunto, mas foi-lhe impossível. Disse a O JOGO que "ele [Mário Figueiredo] conta como lhe convém e está a aproveitar-se de uma situação pessoal para fazer uma ligação ao futebol, que não existe. Não tenho nada a ver com o futebol, não tenho clube, nunca estive ligado a nada. Do FC Porto? Não, também não".

"Na segunda-feira, pelas 21h30, fui deixar o meu filho na casa da minha ex-mulher [atual namorada de Mário Figueiredo]. Não fui eu que o persegui, foi ele quem me perseguiu num BMW preto e ia sozinho, ao contrário do que já li. Na Rua Manuel Pinto de Azevedo [n.d.r.: próximo da residência e já perto da rotunda AEP] começaram as tentativas para bater no meu carro; na rotunda, bateu mesmo, na traseira. A tinta do carro dele está lá... Levei o carro à polícia técnica, que já recolheu o que havia a recolher. Vamos ver quem fala a verdade."

Pedro Guedes diz que o choque "não foi a alta velocidade, a amolgadela que tenho no carro é mínima. Depois de bater, ele manteve-se dentro do carro, a insultar-me. Não saiu, não o agredi. Fiquei no local e fiz o teste do álcool e estava limpo. Ele foi para o hospital, mas não sei que tipo de ferimentos tinha, porque ninguém o agrediu. Não sei. O meu advogado está a tratar de apurar exatamente o que se passou".

A uma insistência de O JOGO, Pedro Guedes revelou: "O que se passou não tem qualquer ligação com o futebol. Estou a lutar pela custódia do meu filho [n.d.r: de seis anos de idade] com a minha ex-mulher, que é a namorada dele. Está tudo relacionado com isso. Já suspeitava que me ia acontecer uma coisa destas."

E sobre a versão de Mário Figueiredo voltou a frisar: "Ele diz o que lhe convém, mas não estou preocupado. A Polícia tem todos os pormenores, apresentei uma queixa na esquadra da Foz contra ele e amanhã (hoje) vou fazer uma adenda a essa queixa com outros pormenores." No caso da custódia do filho, a ex-mulher de Mário Figueiredo, é testemunha de Pedro Guedes.

O JOGO tentou obter uma reação do presidente da Liga, mas tal foi impossível.

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