O Benfica regressou este sábado às vitórias em pleno Estádio da Luz frente ao Santa Clara, e, certamente, tirou um peso de cima por ter conseguido duas vitórias seguidas, algo que há muito não acontecia.

Num jogo onde o Benfica até não entrou mal e chegou até a desenhar algumas jogadas dignas de registo, coube a Darwin Núñez ser o homem-golo das águias nesta partida, com o uruguaio a marcar os dois tiros certeiros da equipa lisboeta nesta partida.

Apesar do indiscutível peso do charrua no resultado final, há a destacar que, para além de Darwin, houve um outro jogador que contribuiu para a reviravolta das águias e que dá pelo nome de Adel Taarabt. Apesar de não ter marcado, o marroquino foi capaz de mexer o jogo a favor dos encarnados.

Da possível saída ao peso decisivo frente ao Santa Clara

Algo mal-amado na Luz pelas suas exibições inconstantes e salário elevado face ao que costuma produzir, Taarabt esteve na porta de saída do Benfica no mercado de janeiro. Apesar disso, o marroquino ficou na equipa e parece agora estar a ganhar mais peso nos eleitos de Nélson Veríssimo. 

O treinador tem sido alvo de críticas no sentido em que mexe mal na equipa e que normalmente as substituições até pioram o jogo coletivo, mas a verdade é que a entrada em campo do jogador magrebino, de 32 anos, acabou por desequilibrar o jogo a favor das águias. E foi aí que Veríssimo venceu o jogo.  

Taarabt é um jogador de rasgo e criatividade e foi isso que trouxe às águias com a entrada em campo frente ao Santa Clara. Foi capaz de ligar o Benfica mais ao jogo, seja com passes fantásticos, seja em condução/progressão com bola, e trouxe ideias frescas aos encarnados que os ajudaram a quebrar a muralha defensiva dos açorianos. Acabou por ficar ligado ao lance que deu a vitória à turma lisboeta.

Elogios de Nélson Veríssimo após a exibição

Após a vitória frente ao Santa Clara, Nélson Veríssimo explicou o que pretendeu com a entrada de Taarabt, deixando elogios ao marroquino.

"O Adel [Taarabt] é um jogador com a capacidade de ver o jogo um bocado mais à frente, arrisca mais nos passes verticais e sentimos que a equipa estava a precisar disso naquele momento. Depois a dinâmica do Roman, naquilo que foi o ataque aos espaços nas costas da linha defensiva e o mesmo acontecendo à esquerda com o Darwin acabou por empurrar a equipa para a frente. A equipa acabou por crescer, tiveram todo o mérito no que foi conseguido e na forma como os golos surgiram. Além dos golos, a capacidade que a equipa teve de chegar à frente com mais qualidade, acutilância e de forma mais objetiva", atirou o técnico.

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