O Sporting de Braga deu, esta quinta-feira, um passo atrás (ou melhor, dois) na corrida por um lugar nos oitavos-de-final da Liga Europa, ao sair derrotado da visita ao Sheriff, na primeira mão do playoff de acesso, por 0-2, em Tiraspol.
Eram os moldavos quem vinha de uma pausa competitiva de mais de dois meses, mas, neste caso, foram os arsenalistas quem impôs um 'ritmo de treino' durante grande parte dos 90 minutos, acabando por pagar um preço elevado por tamanha displicência.
Ricardo Horta 'cheirou' o golo, aos 28 minutos, quando picou a bola sobre Giorgios Athanasiadis que Stefanos Evangelou viria a afastar em cima da linha. Mas, na resposta, o primeiro erro individual da tarde desbloqueou mesmo o marcador.
André Castro fez uso do braço para aumentar o volume corporal e foi com ele que desviou o cabeceamento de Stjepan Radeljic, na grande área. Danny Makkelie consultou o VAR e apontou para a marca de grande penalidade, de onde Sebastien Thill fez o gosto ao pé.
Um tento que provocou um autêntico 'choque' nos homens de Carlos Carvalhal, que, daí em diante, se instalaram no meio-campo adversário, dominando o jogo, mas, uma vez mais, sem conseguir criar reais ocasiões de perigo.
Os minutos foram passando, e a história do primeiro tempo repetiu-se. Aos 75 minutos, Francisco Moura viu Athanasiadis defender um remate que levava 'selo' de golo. Cinco minutos depois, Vítor Tormena escorregou e deixou a bola em Adama Traoré, que atirou para o golo.
Dentro de uma semana, há novo encontro marcado entre Sporting de Braga e Sheriff, desta feita na Pedreira, relativo à segunda mão. Certo é que, se quiser seguir em frente na Liga Europa, a equipa portuguesa terá de fazer (muito) mais.
Figura
Uma exibição de 'gigante' de Stefanos Evangelou. O defesa-central de apenas 23 anos foi uma autêntica 'rocha' no setor mais recuado do terreno do Sheriff, 'secando' por completo o ataque minhoto. Ainda na primeira parte, foi ele que impediu o golo de Ricardo Horta, ao afastar uma bola em cima da linha.
Surpresa
Francisco Moura entrou bem no jogo, para o lugar de um Rodrigo Gomes desinspirado, e fez tudo o que podia para desequilibrar no lado esquerdo do ataque arsenalista. Esteve mesmo à beira de fazer o golo, no seguimento de uma brilhante iniciativa de golo, mas Athanasiadis não o deixou festejar.
Desilusão
Vítor Tormena não esteve, propriamente, mal durante os 90 minutos, mas claudicou precisamente quando não podia. Aos 82 minutos, num lance que não oferecia qualquer tipo de perigo, escorregou e deixou Adama Traoré isolado diante de Matheus. O Sheriff marcou e 'matou', de vez, o jogo.
Treinadores
Yuriy Vernydub: O Sheriff já tinha deixado claro, na Liga dos Campeões, que é uma equipa que, com pouco, faz muito, e assim o foi, diante do Sporting de Braga. Os moldavos souberam condicionar os portugueses, e, na hora da verdade, não vacilaram em frente à baliza, conquistando uma vitória que não merece contestação.
Carlos Carvalhal: Exibição fraca, muito fraca do Sporting de Braga, na Moldávia. Os minhotos apresentaram-se em campo sem intensidade, e, acima de tudo, sem ponta de criatividade para incomodar o Sheriff. A derrota acabou por surgir fruto de dois erros individuais, mas houve muito mais a falhar no funcionamento da equipa.
Árbitro
Noite de pouco trabalho para Danny Makkelie. O jogo roçou, por vezes, os limites da agressividade, mas o juiz neerlandês optou por um critério disciplinar largo, que manteve de forma consistente. A grande penalidade que desbloqueia o marcador não merece, de resto, qualquer tipo de dúvida.
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