Paz foi a palavra escolhida pelo presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC), Andrew Parsons, para terminar o seu discurso, numa cerimónia animada e na qual os atletas ucranianos entraram no estádio Ninho do Passado, em Pequim, de punhos erguidos.
"Quero enviar uma mensagem de paz nestes tempos horríveis. Não queremos a guerra, odiamo-la! Usemos a diplomacia, queremos um mundo sem conflitos, mais inclusivo e com menos discriminação", afirmou o presidente do IPC.
Devido à ofensiva militar na Ucrânia, Rússia e Bielorrússia ficaram fora da competição por decisão do IPC, que, após ter sido criticado por inicialmente ter permitido a participação dos dois países sob bandeira neutra, foi "obrigado" a endurecer a sanção.
A Ucrânia, a viver uma situação dramática, é um dos 46 países representado na competição, que junta 564 atletas, que vão disputar 76 eventos, de seis modalidades: biatlo, curling em cadeira de rodas, hóquei em trenó, esqui alpino, esqui cross country e snowboard.
Na quinta-feira, o presidente do Comité Paralímpico da Ucrânia admitiu que a chegada da delegação ucraniana a Pequim foi "um milagre" explicado que "muitos dos elementos da equipa tiveram dificuldade em escapar das bombas".
"O século XXI é de diálogo e diplomacia não de guerra e ódio. A trégua olímpica durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos foi aprovada por todos os 193 estados-membros da ONU. Deve ser respeitada e não violada", afirmou Parsons.
O presidente do IPC instou os atletas a "usarem o desporto para mostrarem o melhor da humanidade", numa cerimónia durante a qual o saltador chinês Li Duan, detentor de quatro ouros paralímpicos, acendeu a chama, que se apagará em 13 de março.
Tal como os Jogos Olímpicos de Inverno, a competição paralímpica fica ainda marcada pela pandemia de covid-19, decorrendo num sistema "de bolha", numa tentativa de evitar os contágios.