Dez anos depois de se ter sagrado campeã olímpica, a russa é suspensa por dois anos por ter testado positivo, anuncia a AIU, que sustenta a punição em dados e provas do Sistema de Gestão de Informações Laboratoriais (LIMS) e também nas investigações da 'task-force' de Richard McLaren sobre o sistema estatal russo de apoio ao doping.
A chinesa Qieyang Shenjie passa a ser a campeã olímpica da prova e todas as atletas sobem um lugar, pelo que a portuguesa Ana Cabecinha ascende ao sexto lugar e Inês Henriques a 12.ª.
A suspensão de Lashmanova é retroativa a 09 de março do ano passado, quando começa a contar o período de dois anos de suspensão. Todos os resultados da atleta obtidos entre 18 de fevereiro de 2012 e 03 de janeiro de 2014 são 'apagados', pelo que também perde o ouro dos Mundiais de Moscovo de 2013.
Isso vai permitir à chinesa Hong Liu ser campeã, Ana Cabecinha subir a sexta, Inês Henriques a nona e Vera Santos a 15.ª.
Relativamente à prova de Londres2012, trata-se do segundo caso de doping russo. Olga Kaniskina, prata há 10 anos, já tinha sido punida pelo mesmo motivo, tendo já visto a medalha ser retirada.
De acordo com a AIU, Lashmanova aceitou o castigo, no que é já o segundo caso de doping envolvendo a atleta. O primeiro aconteceu em 2014 e levou à sua primeira suspensão por dois anos, então por enduborol. Desde 2014 que Lashmanova não compete fora do território russo.
Todos os nove atletas russos da marcha atlética que participaram dos Jogos de Londres2012 foram desclassificados.
Com mais este caso, é já a sexta medalha de ouro conquistada pela Rússia no atletismo em 2012 retirada por doping - O país passou de oito ouros conquistados na modalidade, para apenas dois.