O Sporting de Braga venceu, esta sexta-feira, na abertura da 28.ª jornada, o Benfica, por 3-2, em plena Pedreira.
O Municipal de Braga que assistiu a um jogo vertiginoso, sobretudo entre os 70 e os 80 minutos, período em que se viu três golos em cinco minutos. Mas, vamos recuar um pouco no filme.
A boa entrada do Benfica não se traduziu em dividendos superlativos, e os festejos de Vertonghen acabariam por se esfumar em breves segundos, afinal antes de introduzir a bola na baliza de Matheus o belga aconchegou a redondinha com o braço. A reação bracarense surgiu através de um livre direto, com Iuri Medeiros a aproveitar a má colocação da barreira e o mau posiconamento de Vlachodimos para inaugurar o marcador.
Veríssimo mexeu ao intervalo e apostou nas entradas de Yaremchuk e João Mário, apostas que viriam a dar frutos. Porém, numa 'Horta' cultivada, e que dá bons frutos, surgiu o 2-0, numa jogada que começou nos pés do irmão André, voltou para o irmão Ricardo e terminou com André a levar a Pedreira à loucura.
Todavia, e sem ninguém contar muito com isso, a reação dos pupilos de Veríssimo chegou de grande penalidade, convertida por Darwin. Instantes depois, o internacional uruguaio assistiu para o remate certeiro de João Mário. O 'quadro da eletricidade' quase ía abaixo com tanta voltagem, quando Vitinha decidiu recorrer a todo o 'arsenal' disponível e disferir o golpe fatal para o tento da vitória.
Vamos então às notas de destaque desta partida:
Figura
André Horta fez uma exibição estelar e só não foi perfeita, porque a manchou no lance que deu origem ao 2-1 para o Benfica, numa grande penalidade tão clara como a água. Além de ter rubricado o segundo golo, numa jogada de irmãos, foi um 'rebelde' insaciável e sempre na procura de um passe de ruptura ou de um remate venenoso.
Surpresa
Vitinha precisou apenas de 45 minutos para mostrar uma enorme qualidade em todas as suas ações. Um golo, três remates e todos enquadrados, sendo ainda determinante na reta final da partida, em ações defensivas, a guardar o triunfo do conjunto minhoto.
Desilusão
Pouco acerto nas poucas coisas que fez em campo. Yaremchuk teve a oportunidade de abrir o marcador por duas ocasiões na primeira parte, a passes de Rafa e Gilberto, mas o internacional ucraniano não teve arte, nem rapidez, nem engenho para mais. Na segunda parte pouco se viu da ‘torre de leste’ e Seferovic acabou, em poucos minutos, por causar maiores calafrios à baliza de Matheus. Outro dado curioso: na etapa inicial, Yaremchuk perdeu todos os duelos com Paulo Oliveira.
Treinadores
Carlos Carvalhal saiu do Clássico com os três pontos no bolso, e de forma justa. Acertou em cheio no planeamento para esta partida e teve olho de lince na hora das substituições. O ‘joker’ Vitinha saiu para o tapete verde da Pedreira, após o intervalo, e revelou-se o grande ‘joker’ da partida.
Nélson Veríssimo não podia ter pior preparação para o jogo do Liverpool do que uma derrota na casa Sp. Braga, a apenas quatro dias do confronto europeu. Apesar da entrada em jogo ter prometido voos maiores, o golo do Sp. Braga desmoronou uma águia que recolheu poucos frutos na ‘Horta’ do rival. Apesar do Benfica ter melhorado com as entradas de Darwin, João Mário, e até de Seferovic, houve muitas peças do xadrez de Veríssimo com níveis de rendimento pouco aceitáveis.
Árbitro da partida
Luís Godinho não somou erros grosseiros, mas pode agradecer a nota positiva ao VAR que o ‘salvou’ em duas situações: no golo anulado a Vertonghen e no penálti assinalado a favor do Benfica.
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