Instantes após o triunfo do Corinthians frente ao Fortaleza (1-0), que valeu a subida ao primeiro lugar do Brasileirão, Vítor Pereira foi confrontado com questões relacionadas com a derrota diante do Palmeiras (3-0) e não hesitou nas respostas.
"Andaram a dizer que não sabíamos o que era um dérbi... Acham que não sei o que é um dérbi? Sabem quantos dérbis já joguei na minha vida?", começou por repostar em conferência de imprensa.
"Joguei dérbis atrás de dérbis em países onde matam, não nos deixam sair. Já saí num tanque de guerra de um estádio na Turquia. Vão dizer-me que não sei o que é um dérbi? Não brinquem comigo, vá lá", acrescentei o técnico português.
Em relação ao jogo que ditou a derrota com a equipa de Abel Ferreira, o treinador de 53 anos explicou a gestão e a estratégia utilizadas sem sucesso.
«Decidimos arriscar no jogo da Taça e deixar os jogadores recuperar para o jogo contra o Palmeiras e contra o Boca. Sabem o que aconteceu? Um azar! Nessa semana tivemos vários casos de gripe no plantel. Quando chegámos ao jogo da Taça, não sei quantos jogadores estavam doentes, com febre, dores e dificuldades respiratórias. A ideia era defrontar o Palmeiras na máxima força, mas no dia de jogo alguns jogadores disseram que não podiam jogar. E criticam-me porque não sabem as coisas", atirou.
"O clube determinou que não haveria conferência de imprensa, caso contrário tinha comparecido à conferência. Gosto de dar a cara e de assumir as responsabilidades. Para falarem, as pessoas têm de ter informação. Custou-me ver a minha equipa jogar daquela forma, foi uma facada no peito. Contra o Boca Juniors demos a resposta que queria. Se tivéssemos jogado com a equipa dita titular, não teríamos tido grandes chances. Temos de ter consciência e perceber que a única forma de manter o Corinthians competitivo nas diferentes competições", rematou.
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