"Temos de olhar para aquilo que podemos fazer e dar continuidade ao trabalho. Foi isso que trabalhámos esta semana para começarmos bem em nossa casa e com o apoio dos nossos adeptos. Vai ser fundamental entrar bem no jogo para puxar por eles, esperando que nos possam ajudar durante os 90 minutos e trabalhemos para conseguirmos os três pontos e iniciar bem a época em casa", observou o técnico, em conferência de imprensa.
A inscrição dos sete reforços contratados pelo Boavista para 2022/23 continua bloqueada junto da Liga de clubes e vai condicionar pelo segundo encontro consecutivo as opções das 'panteras', que até iniciaram o campeonato a vencer na visita ao Portimonense (1-0).
"Os jovens que têm agora as oportunidades são jogadores da formação e fazem parte do plantel. O azar de uns é a oportunidade para outros e todos corresponderam. Gostamos de ter sempre todos os jogadores disponíveis. Não os temos, mas quem jogou deu conta do recado. Penso que o nosso jogo em Portimão foi o que teve mais tempo útil [da ronda inaugural, com 60:04 minutos] e queremos uma equipa intensa e com qualidade", frisou.
Pedro Malheiro e Luís Santos, ambos já com experiência na formação principal, foram os nomes provenientes das camadas jovens 'axadrezadas' presentes no primeiro 'onze' de Petit, que ainda utilizou como suplentes utilizados Tiago Morais e o estreante Júlio Dabo.
"Temos de dar tempo a essa juventude, porque eles vão errar e iremos estar cá para os ajudar, tentar suportá-los ao máximo e tentar que evoluam com os atletas experientes. É claro que uns vão ter mais oportunidades que outros, mas faz parte de um treinador ter essas opções. Não vamos esperar que os miúdos agora resolvam tudo, mas vão crescer muito ao longo desta temporada e, se calhar, irão ser o futuro do Boavista", ambicionou.
O impedimento de inscrição de novos jogadores já tinha afetado o Boavista nos primeiros três desafios de 2021/22 - dois na Taça da Liga e um na I Liga -, mas jamais tira ambição aos portuenses para vencerem as duas rondas iniciais pela primeira vez desde 2004/05.
"Esperamos um jogo contra um adversário difícil, com qualidade e que se está a reforçar bastante bem. Estamos um pouco às escuras em relação a algumas alterações que se pode esperar do Santa Clara. O Ricardinho recebeu cartão vermelho [no empate 0-0 com o Casa Pia], pelo que pode jogar o miúdo [Bruno Almeida] que veio do Trofense. Ainda assim, estudámos bem o adversário e sabemos aquilo que vamos apanhar", notou Petit.
A partida marca o reencontro do antigo médio internacional português com o homólogo Mário Silva, dupla que se estreou como futebolista e treinador no emblema do Bessa.
"Temos uma história desde os seis anos, porque crescemos juntos na mesma zona em que vivíamos e viemos juntos para o Boavista. Ganhámos vários títulos na formação. Depois, cada um seguiu o seu trajeto. É com bastante satisfação que vejo o Mário Silva, porque foi meu colega durante muitos anos e amigo de infância. Espero que ele fique a chorar no final deste jogo, no bom sentido, pois isso seria a minha alegria", gracejou.
O Boavista, quinto colocado, com três pontos, recebe o Santa Clara, 10.º, com um, no domingo, às 15:30, no Estádio do Bessa, no Porto, em encontro da segunda jornada do campeonato, com arbitragem de Hélder Malheiro, da Associação de Futebol de Lisboa.