António Morgado, de 18 anos, conseguiu o melhor resultado de sempre para Portugal na categoria de juniores.
Depois de vários ataques ao longo dos 135,6 quilómetros da prova, que foram eliminando a concorrência, o jovem português isolou-se a 18 quilómetros da meta, entrando isolado na última volta ao circuito de Wollongong.
O ciclista natural das Caldas da Rainha chegou a dispor de mais de 20 segundos sobre os perseguidores, mas acabou por ser apanhado por Emil Herzog a três quilómetros da meta, com o alemão a levar a melhor no 'sprint' a dois e a conquistar a camisola arco-íris, após 3:11.07 horas de prova.
O bronze foi para o belga Vlad van Mechelen, que gastou mais 55 segundos do que os dois primeiros.
"O António Morgado fez mais uma grande corrida. Em todos os anos que já levo como selecionador -- e passaram pelas minhas mãos todos os melhores corredores portugueses dos últimos anos --, nunca vi, em júnior, um ciclista capaz de fazer o que o António faz. Aquilo que hoje todos puderam ver pela televisão, ele faz sempre. São demonstrações de força impressionantes", resumiu o selecionador nacional, citado em comunicado da Federação Portuguesa de Ciclismo.
Gonçalo Tavares, que fez praticamente toda a corrida no grupo dos favoritos, foi 18.º classificado, a 2.48 minutos do duo da frente, enquanto Daniel Lima foi 38.º, Tiago Nunes 58.º e José Bicho não terminou a prova.
A prata hoje conquistada coroa uma época de sonho para Morgado, que, no início de setembro, tinha vencido o Giro della Lunigiana, em Itália.
Campeão nacional júnior de fundo e contrarrelógio, o promissor ciclista português venceu ainda a Volta a Portugal de juniores, a Volta ao Douro em Espanha, foi segundo no Troféu Centre Morbihan, na Corrida da Paz e na Gipuzkoa Klasikoa, tendo sido quarto na Volta ao Pays de Vaud.
António Morgado vai mudar-se da equipa da Bairrada para os norte-americanos da Hagens Berman Axeon na próxima temporada.